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domingo, 29 de janeiro de 2017

EX.MULHER DE SÉRGIO CABRAL DIZ EM DEPOIMENTO QUE RECEBI ATÉ R$ 20 MIL POR MÊS

Em  depoimento prestado na quinta-feira (26) na sede da Polícia
Federal do Rio, Susana Neves Cabral disse que recebia de
R$ 5 mil a R$ 20 mil por mês de seu ex-marido Sérgio Cabral
como uma espécie de pensão informal pelos três filhos que tem
com o ex-governador do Rio, como mostrou a Globonews neste
domingo (29).
O pagamento, segundo ela, era feito por Carlos Bezerra, apontado
 como um dos integrantes do esquema liderado por Cabral que
desviou R$ 340 milhões e que seria padrinho de um dos filhos
 do casal. O dinheiro, disse ela, era entregue em espécie para
custear despesas de casa.
Susana confirmou ainda que trabalha como assessora de Jorge
Picciani (PMDB), um dos principais caciques do partido no Estado.
Nas planilhas obtidas pelo MPF sobre os gastos de Cabral, há
registros de uma pessoa chamada "Susi". A ex-mulher de Cabral,
porém, disse desconhecer quem seria a beneficiária destes pagamentos.
A Polícia suspeita que a própria Susana seja esta pessoa.
No período compreendido entre 2014 a 2016, a ex-mulher de Cabral
recebeu, ao menos, 13 vezes valores transferidos por Carlos Bezerra
 e Carlos Miranda, oriundo de recursos ilícitos, totalizando R$ 883 mil.
No entanto, o valor pode ser ainda maior, segundo a investigação,
já que há outros nomes que poderiam se referir a ela.
Na quinta, ela foi conduzida coercitivamente para prestar depoimento
 como parte da Operação Eficiência. De acordo com o advogado de
 defesa de Suzana, Sérgio Riera, ela não sabia a origem do dinheiro.
"Eles poderiam tê-la intimado. Ela viria responder as perguntas sem
problemas. Não precisava dessa violência.", disse Riera.
Na decisão, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio, diz
que Susana é a pessoa que "seria direta e constantemente beneficiada
 com vultosas transferências de valores, ao que parece obtidos pela
atuação ilícita da Organização Criminosa (ORCRIM) descrita",
descreve o magistrado.
A Operação Eficiência é um desdobramento da Calicute, no âmbito
da Lava Jato. Cerca de 80 agentes estão cumprindo nove mandados
de prisão e quatro de condução coercitiva. Entre os procurados está
o empresário Eike Batista, que está foragido.
Ele é acusado de pagar propina a Sérgio Cabral que, segundo o MPF,
 teria ocultado cerca de R$ 340 milhões no exterior. Cabral também teve
 a prisão preventiva decretada. Ele está preso em Bangu, por já ter tido
 outro mandado cumprido, no fim de 2016, durante a operação Calicute. g1.

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