Quase um ano depois, saiu a sentença de Douglas Misael Pereira, 22 anos,
Luan Lino de Andrade, 22, e Wesley de Souza Almeida, 21, identificados
como os criminosos que participaram de um assalto, ocorrido em março de
2016, a um posto de combustíveis localizado na esquina das avenidas
Celso Garcia Cid com Duque de Caxias, no centro de Londrina. Todos
deverão penas superiores a 10 anos em regime fechado. A decisão foi
proferida pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Londrina, Juliano Nanuncio.
Apesar de levarem R$ 200 do caixa do estabelecimento, o trio foi
denunciado por latrocínio tentado pelo Ministério Público. A vítima foi
um policial militar, que abastecia a motocicleta e notou o frentista
ser rendido por Douglas e Wesley na loja de conveniência. Os dois
estavam armados com uma pistola cromada e um revólver preto. Houve troca
de tiros, mas apenas um dos bandidos foi atingido por duas vezes.
Depois da confusão, a dupla seguiu até um Jetta preto para fugir. O
veículo foi roubado quatro dias antes do assalto em Curitiba. Dentro do
veículo, Luan aguardava os comparsas. Os ladrões foram abordados pela
Polícia Militar quando estacionaram o carro na rua Lima, no Parque
Guanabara, zona sul de Londrina. Dois celulares foram apreendidos. O
setor de inteligência da 10ª Subdivisão Policlal identificou o
envolvimento de outro integrante da quadrilha, que ficou de "campana"
para verificar como era o funcionamento do posto de combustíveis.
O
trio também foi denunciado pelo Ministério Público por associação
criminosa armada. O promotor responsável pelo caso baseou-se no
relatório de investigação dos investigadores da 10ª SDP, que
identificaram a parceria de Luan, Wesley e Douglas para a prática de
roubos em Londrina e Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. No
entanto, a possibilidade dos criminosos terem se juntado para os
assaltos foi descartada pelo juiz Juliano Nanuncio, que julgou que "não
se pode afirmar, com cunho de certeza, que existia, entre os acusados,
um vínculo permanente e estável, com o escopo de cometer delitos".
Mesmo com as mensagens do WhatsApp monitoradas pelos policiais
civis entre Douglas e Luan, o magistrado acreditou que as provas "não
são suficientes para embasar uma condenaçaõ, de modo que suas negativas
não foram devidamente contrastadas, sendo possível, por conseguinte, que
não tenham praticado o delito. Caso fosse essa a solução adotada,
estar-se-ia condenando alguém em meros indícios e ilações não
alicerçados em provas concretas".
Após o flagrante, Douglas Misael Pereira permanece detido na
Casa de Custódia de Londrina; Luan Lino de Andrade na cadeia pública de
Castro (PR), cidade onde nasceu e Wesley de Souza Almeida na
Penitenciária Estadual de Piraquara, na região metropolitana de
Curitiba.
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