Eike, que dizia que até o ano 2000 era conhecido apenas como o marido
da atriz e modelo Luma de Oliveira, acumulou fortuna de R$ 34 bilhões.
Em 2010 ele foi incluído na lista da Forbes como o oitavo homem mais
rico do mundo.
O empresário começou a carreira no ramo da mineração e alcançou o
apogeu no mercado de petróleo. Ele teve empresas em diversos setores,
como infraestrutura e commodities. O nome de todas as empresas terminava
com a letra X, que virou a marca de seu império.
Em 2008, a petroleira OGX conseguiu a maior capitação numa abertura de
capital na bolsa de valores de São Paulo. Mas, a promessa do petróleo
não se concretizou e cinco anos depois a empresa deu um calote de cerca
de US$ 45 milhões em credores. Foi o início do fim do império de Eike
Batista.
A OGX entrou em recuperação judicial assim como outras empresas do
grupo. Investidores estrangeiros também assumiram alguns negócios dele.
Em 2015, a Justiça determinou a apreensão e bloqueio de bens do
empresário para garantir a indenização dos investidores da OGX.
Entre os bens apreendidos pela Polícia Federal à época, chamou a
atenção uma lamborghini que enfeitava a mansão do empresário no Bairro
Jardim Botânico, Zona Sul do Rio.
O braço imobiliário do conglomerado de Eike, prometeu reformar o Hotel
Glória, um dos grandes projetos de revitalização do Rio. As obras não
ficaram prontas para a Copa de 2014, nem para a Olimpíada de 2016. As
obras seguem paradas. Eike acabou vendendo o hotel para um grupo de Abu
Dhabi.
O empresário também chegou a fazer doações para projetos da Unidade de Polícia Pacificadora no Rio.
Eike Batista enfrentou acusações na Justiça Federal do Rio por crimes
como formação de quadrilha e falsidade ideológica. Ele foi absolvido.
A Operação Lava Jato investiga se um consórcio com uma das empresas de
Eike, a OSX, pagou propina para ganhar uma concorrência na Petrobras.
Em 2016, Eike prestou um depoimento espontâneo à Justiça e contou que
em 2012 o então ministro da Fazenda Guido Mantega pediu que ele
contribuísse com R$ 5 milhões como doação eleitoral. Segundo o
empresário, o dinheiro foi transferido para o exterior.
Eike Batista já era investigado na primeira fase da Operação Calicute. O
Ministério Público Federal apura um repasse de R$ 1 milhão de uma das
empresas dele ao escritório de advocacia da mulher de Sérgio Cabral,
Adriana Ancelmo.
O empresário tem complicações também fora do Brasil. Nesta semana, a juíza Ingrid Mangatal, do Tribunal Superior das Ilhas Cayman, congelou US$ 63 milhões de uma conta de Eike Batista.
Segundo a magistrada, há indícios de que ele teria transferido do
Brasil para as Bahamas US$ 572 milhões, quase R$ 2 bilhões, e teria
tentado transferir desta conta nas Bahamas US$ 100 milhões para uma
conta na Flórida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário