A operação, batizada como "Dinheiro Sujo", teve apoio das Polícias Civil e Militar de Curitiba e de Londrina, e tinha como objetivo cumprir 28 mandados de prisão outros 40 de busca e apreensão nos estados do Paraná e Santa Catarina. Nove pessoas não foram encontradas e são consideradas foragidas. No estado paranaense, os policiais cumpriram mandados nas cidades de Curitiba, São José dos Pinhais, Londrina, Ibiporã e Pontal do Paraná. Na capital foram detidas cinco pessoas. Na região metropolitana outras duas, uma em Pontal, cinco em Londrina e uma em Ibiporã Em Santa Catarina, os policiais prenderam quatro integrantes da quadrilha na cidade de Joinville e uma em São José.
As investigações tiveram início em junho de 2016 para tentar identificar criminosos responsáveis por ataques a caixas eletrônicos. Durante todo o trabalho, descobriu-se tratar de uma quadrilha com atuação em "clinica geral", cujos infratores fizeram dos mais diversos crimes a sua profissão na ânsia de obter lucro fácil. A quadrilha detida nesta operação do Diep tinha como atividade desde a explosão dos caixas eletrônicos até a lavagem das notas que eram manchadas com tinta, uma forma encontrada pelos bancos de inutilizar as cédulas roubadas dos caixas. As investigações mostraram que os criminosos são responsáveis por dar destinação e reinserir no mercado o produto obtido com a destruição de caixas eletrônicos, retirando toda e qualquer mancha que a cédula apresente.
Além disso, eles cometiam diversos crimes que iam desde a fraude na compra de chip de celular que são cadastrados no nome de outras pessoas, a apropriação e venda de imóveis alheios e fraude a instituições financeiras e operadoras de cartão de crédito. O rol de crimes inclui também falsificação de documentos e porte ilegal de arma de fogo. A partir das análises de áudios coletados com autorização judicial ficou evidente que os criminosos agem em conluio formando uma organização hierárquica. O esquema inclui um financiador, incluindo uma cadeia de pessoas que falsificam documentos, executam fraudes, se passam por terceiros para colaborar na falsificação e contam até com a participação de mulheres que acompanham a quadrilha para dar conotação de família ao bando alvo dos golpes.
Antes da deflagração da Operação "Dinheiro Sujo", quatro pessoas já tinham sido presas em flagrante e mais duas em cumprimento de mandados por golpes financeiros, arrombamentos de caixas eletrônicos porte de notas falsas. Mais de 120 policiais participaram da ação policial: homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), unidade de elite da Polícia Militar, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), unidade de elite da Polícia Civil, policiais civis e militares do Diep e também da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santa Catarina.
PRESOS EM CURITIBA:
ANDERSON LUIZ SANTOS, 35 ANOS
FRANCISCO ELIMAR SILVEIRA DE FARIAS, 60 ANOS
GENECI DE FATIMA OLIVEIRA DA SILVA, 45 ANOS
ANTONIO FRANCISCO COSMO DA SILVA, 40 ANOS
LIDIANE KARINE DE LIMA, 19 ANOS
SÃO JOSE DOS PINHAIS:
CRISTIANE DE FARIAS, 35 ANOS
MARCOS ANTONIO SERPA, 30 ANOS
PONTAL DO PARANÁ
BRIAN AGUIAR DE SOUZA, 26 ANOS
LONDRINA
ZADEIR FERREIRA DOS SANTOS, 49 ANOS
JOSÉ APARECIDO DOS SANTOS, 52 ANOS
CAMILA DOS SANTOS, 27 ANOS
NILSON FERREIRA DOS SANTOS, 44 ANOS
THIAGO DOS SANTOS COELHO, 28 ANOS
IBIPORÃ
LEANDRO TENANI BRAZ, 31 ANOS
JOINVILLE/SC
JONECIR SCHATZMANN, 43 ANOS
SALEZIO DE SOUZA, 42 ANOS
DGEMIS DA SILVA, 36 ANOS
JENIFER SCHATZMANN, 23 ANOS
SÃO JOSÉ/SC
ADAIR DE SOUZA, 50 ANOS
FORAGIDOS:
GERALDO SABINO DE ANDRADE, 69 ANOS
EDENILSON DE OLIVEIRA, 49 ANOS
HELIO OGO, 56 ANOS
LEILA DE FÁTIMA BRAZ, 36 ANOS
RONALDO ADRIANO MOREIRA, 40 ANOS
PATRICIA ADRIANE ROBERTO, 39 ANOS
MANOEL GASPAR NETO, 43 ANOS
NYCOLLI DE FARIAS, 22 ANOS
AUEDE PEREIRA DA SILVA, 27 ANOS
Redação Bonde
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