O reajuste do pedágio no Paraná ficará entre 4,04% e 5,19% a partir desta quinta-feira (1º), mas chegará a 13% para as praças administradas pela Econorte, devido ao degrau tarifário acertado entre governo e concessionárias. Com isso, o valor pago por um veículo leve na cancela em Jataizinho será de R$ 21, o mais caro do Estado. Os índices foram homologados nesta terça-feira, 29, pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná (Agepar).
Nas outras duas praças da Econorte, o valor será de R$ 19,30 em Jacarezinho e de R$ 18 em Sertaneja. O degrau tarifário de 8,25% foi o terceiro e último, que serviu para cobrir os custos de obras não previstas em contrato, como viadutos e duplicações, ou obras cujo cronograma foi antecipado. A Econorte administra 340 km de rodovias nas regiões Norte e Norte Pioneiro do Estado.
As tarifas nas praças das concessionárias Rodonorte e Ecovia terão reajuste de 4,04% e a Ecocataratas, de 5,19%. A Viapar e a Caminhos do Paraná, que também contam com degraus tarifários, contarão com altas de preço de 10% e 11%, respectivamente. Sem o aditivo, a variação ficou abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 7,87% em 12 meses, conforme a Agepar. O diretor regional da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), João Chiminazzo Neto, afirma que a fórmula de reajuste não considera todos os indicadores do IPCA, o que explica a taxa menor. Ele lembra que o índice foi menor do que o do ano passado, que ficou entre 6,69% a 7,05%.
Ainda, Chiminazzo considera que os valores estão dentro do que foi contratado porque a licitação foi feita em 1996, época em que a taxa básica de juros, a Selic, era bem superior. "O problema das tarifas é que se faz comparações que não são corretas, como em relação à segunda fase de concessões, em 2007, que são mais de manutenção e em rodovias com fluxo maior."
Sobre os degraus tarifários, ele diz que a Econorte precisou de novo aditivo porque havia desequilíbrios financeiros e novas obras, como a extensão da duplicação da PR-445 em Londrina. No caso da Viapar, conta que houve duplicação de 55 km da BR-376, entre Mandaguaçu e Paranavaí.
Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), Gilberto Cantú, o reajuste é alto, ainda mais em um momento de crise. "É salgado, porque existe lei que exige que o embarcador pague pelo pedágio, mas como o caminhão roda vazio muitas vezes, esse custo acaba atingindo o transportador." bonde.com
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