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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

JUSTIÇA BLOQUEIA BENS DO EX. PREFEITO DE SAPOPEMA

A Justiça determinou o bloqueio de bens de Roberto Jorge
 Abrão, ex-prefeito de Sapopema (2005-2008), no Norte
 Pioneiro do Paraná, de outras dez pessoas e de uma
 Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) 
em até R$ 4,3 milhões.
A decisão liminar, que é provisória, é referente a uma ação civil
 pública que apura irregularidades em um contrato entre o 
município e a Oscip Instituto Corpore para o Desenvolvimento
 da Qualidade de Vida.
O objetivo da determinação da Justiça é garantir o ressarcimento
 dos prejuízos aos cofres públicos em caso de condenação, de
 acordo com a juíza Talita Garcia Betiati, da Vara da Fazenda 
Pública de Curiúva, na mesma região do estado, que é responsável
 pelo processo.
A decisão foi publicada no processo eletrônico da Justiça do 
Paraná em 19 de novembro, mas só foi divulgada nesta quinta-
feira (29) pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR).
De acordo com o documento, a petição inicial do MP-PR indica
 a possibilidade de diversas ilegalidades, como a celebração 
supostamente inconstitucional de contrato.
“Atestando-se ainda práticas diversas, tais como depósitos sem
 justificação, notas fiscais com ausência de descrição dos serviços
 prestados, falta de prestação de contas, entre outras irregularidades, constatando-se, assim, supostos prejuízos ao Erário”, diz um trecho
 da decisão.
Além do ex-prefeito, estão entre os requeridos a ex-secretária 
municipal de Saúde, Maria Auxiliadora da Silva Carneiro, o então 
procurador jurídico do município, Hamilton Pereira Zanella, e 
servidores municipais que participaram do processo de licitação.
Nenhum dos citados na reportagem possui advogado constituído
 no processo eletrônico da Justiça.

A origem da investigação

O caso chegou à Promotoria de Justiça de Curiúva a partir de um 
relatório do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) que
 indicou várias irregularidades na contratação da Oscip para prestar 
serviços de saúde ao município, que esteve vigente entre 2007 e 2008.
O valor repassado pela prefeitura à Oscip no período ultrapassou
 R$ 960 mil, decorrente da terceirização irregular de mão de obra
 de saúde, conforme a ação do MP-PR.
Conforme a Promotoria, o valor atualizado, que deve ser devolvido
 ao município, é de mais R$ 4,3 milhões de dano ao patrimônio 
público.  G1

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