O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na
primeira instância, ordenou a prisão de Leon Denis Vargas Ilário, que
é irmão do ex-deputado André Vargas, para início do cumprimento de pena.
Segundo o advogado Alexandre Augusto Loper, Leon se apresentou
espontaneamente na sede da PF, em Curitiba, nesta segunda-feira (26).
O mandado de prisão foi expedido por Moro na quinta-feira (22).
Na mesma ação, também foram condenados André Vargas e publicitário
Ricardo Hoffmann. André está detido no Complexo Médico-Penal em
Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e Hoffmann foi solto
Conforme a sentença, "a prática dos crimes de corrupção envolveu o
pagamento de propinas de pelo menos R$ 1.103.950,12 por intermédio
de contratos de publicidade firmados com a Caixa e o Ministério da Saúde".
Entenda como funcionava o esquema
Segundo as investigações, Ricardo Hoffmann, que era dirigente da
agência de publicidade Borghi Lowe, ofereceu vantagens indevidas
para que o então deputado André Vargas interviesse para que a empresa
fosse contratada para realizar serviços para a Caixa Econômica Federal
e o Ministério da Saúde.
Em contrapartida, Hoffmann orientou as empresas subcontratadas para
executar os serviços para que depositassem os valores referente às
comissões de bônus de volume em contas controladas por empresas
de fachada de André Vargas e seus irmãos, Leon e Milton Vargas.
O bônus de volume é uma prática corriqueira no mercado publicitário,
e representa na prática uma comissão que as subcontratadas para
execução de serviços pagam para a agência de publicidade que as
selecionou.
Segundo Moro, depoimentos de representantes destas empresas
subcontratadas ao longo do processo reforçaram a tese de que Hoffmann
havia pedido que os bônus fossem pagos às empresas dos irmãos Vargas,
e não à Borghi Lowe. G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário