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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

SECRETÁRIO -CHEFE DA CASA CIVIL DO PARANÁ É INVESTIGADO PELA PGR

O secretário-chefe da Casa Civil do Paraná, Valdir Rossoni (PSDB),
 é investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos 
crimes de peculato e fraude a licitação, em Brasília.
A suspeita é de fraude em duas licitações da Assembleia quando
 ele era presidente da Casa. Os contratos somam mais de R$ 7 milhões. 
O inquérito tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele nega participação nos crimes. "É uma obrigação do ministro, 
quando ele recebe uma denúncia, investigar. É bom que ele
 investigue, porque aí eu posso esclarecer os fatos", comentou.
A investigação encontrou indícios de fraudes em duas licitações
 da Assembleia Legislativa do Paraná e que teriam envolvimento 
de Rossoni. Em uma delas, de 2012, a Alep gastou quase R$ 600 
mil para manutenção da fachada de vidro de um dos anexos do prédio.
Na outra, de 2013, foram gastos R$ 6,5 milhões para reforma e 
manutenção do prédio da Assembleia.
O Ministério Público do Paraná começou a investigar o caso depois
 que recebeu, formalmente, a denúncia de que a manutenção na 
fachada - que custou mais de R$ 500 mil - poderia ter sido feita 
com muito menos dinheiro.
Como um dos citados era Rossoni e ele já tinha foro privilegiado,
 o caso foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República, em 
Brasília.
De acordo com a PGR, uma das auditorias não foi conclusiva quanto
 à existência de superfaturamento, mas outra, no contrato de mais
 de R$ 6 milhões, teria apontado uma série de irregularidades 
formais: entre elas, a ausência de justificativa de necessidade de
 contratação e a ausência de pesquisa de preço.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirma que é 
preciso apurar a suposta prática de fraude em dois pregões e se 
houve desvio de verbas públicas na execução dos respectivos 
contratos pelo deputado Valdir Rossoni e demais envolvidos.
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), 
determinou que a Polícia Federal (PF) investigue o padrão de vida
 dos sócios das empresas e verifique se elas tinham condições de
 realizar as obras.  Também determinou que a PF apure se houve 
direcionamento nos pregões, superfaturamento na quantidade de 
material e na mão de obra e até mesmo se o serviço foi realmente 
realizado.   Por fim, Dias Toffoli determinou que a polícia interrogue 
os sócios das empresas e também Rossoni.  G1

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