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sexta-feira, 16 de novembro de 2018

PARANÁ DEVE PERDE METADE DOS MÉDICOS CUBANOS NO BRASIL

O Paraná deve perder 458 dos 933 profissionais que atuam pelo "Mais Médicos" com a iminente partida dos cubanos do Brasil. Eles representam 49% dos médicos trabalhando no Paraná pelo programa de saúde pública adotado em 2013 para levar estes profissionais a municípios e povoados que não eram supridos. No Estado, os cubanos estão presentes em 187 municípios e dois distritos sanitários. O governo federal já enviou à Sesa (Secretaria Estadual de Saúde) uma lista com os nomes dos primeiros 44 profissionais que voltarão ao seu país de origem, no dia 25 de novembro. Ainda de acordo com a Sema, o município paranaense com maior número de médicos do programa é Ponta Grossa, com 56 profissionais – a Secretaria Municipal de Saúde de Ponta Grossa contabiliza 60 médicos, dos 80 que atuam na atenção básica à saúde. Curitiba conta com cinco médicos e Londrina, com 10 – os números são do final de outubro.    Os 60 profissionais cubanos representam 75% dos 80 que atuam na rede de atenção básica à saúde em Ponta Grossa, afirma o secretário-adjunto da pasta, Robson Xavier da Silva. Ele diz que há outros médicos trabalhando em outras áreas, como os hospitais, mas que não é possível remanejá-los de área. 

Preocupados com as consequências que pode haver com a partida dos cubanos, a equipe do prefeito Marcelo Rangel (PSDB) já se mobiliza. Enquanto aguardam a publicação de edital do governo federal para chamar profissionais brasileiros que aceitem aderir ao programa – o edital deve reforçar que terão preferência, em primeiro lugar, médicos brasileiros com diplomas nacionais e, em seguida, médicos brasileiros formados no exterior –, a equipe da secretaria de saúde já se reuniu com os médicos que atuam na atenção básica para pedir ajuda. "Nós vamos ampliar o horário de atendimento, mas estamos aguardando o edital que será publicado semana que vem pelo Ministério de Saúde para ter uma visão melhor do que pode acontecer. E, principalmente, teremos de observar se haverá adesão dos médicos brasileiros ao Mais Médicos", ressalta.     Luís Fernando Wiltemburg    Grupo Folha

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