O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou
nesta quarta (1º) que o objetivo maior dos delatores é "salvar a própria
pele" ou amenizar uma pena futura. Ao deixar a última sessão do STF
antes do recesso de julho, o ministro também disse esperar que as
delações assinadas na Operação Lava Jato tenham sido espontâneas.
"O momento é alvissareiro, porque, quando as coisas não são
varridas para debaixo do tapete, a tendência é corrigir-se rumos. Isso é
muito importante para termos dias melhores no Brasil. Agora, devo
admitir que nunca vi tanta delação. Que elas, todas elas, tenham sido
espontâneas. Assento que eles [delatores] querem colaborar com a
Justiça, embora o objetivo maior seja salvar a própria pele ou amenizar
uma pena futura", acrescentou Marco Aurélio.
Desde o início das investigações da Lava Jato, 18 acusados
assinaram acordo de delação com o Ministério Público Federal (STF),
órgão que coordena as apurações. Entre os delatores estão os
ex-diretores de Serviços e de Abastecimento da Petrobras,
respectivamente Pedro Barusco e Paulo Roberto Costa, parentes de Paulo
Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef, além de executivos de
empreiteiras.
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