Os líderes do esquema são os que tinham mais poder hierárquico na Receita, explicou a promotora Leila Schimiti. "Os cargos hierarquicamente superiores na Receita eram exercidos pelas pessoas que tinham mais poder, que exerciam liderança na organização." Ao longo dos anos, os cargos comissionados foram sendo substituídos e houve ligeiras mudanças na estrutura e na forma de ação, mas, a organização e seus principais líderes não deixaram de agir. "Uma organização criminosa sofre mutação, amadurece, se aprimora, inclusive com a escolha de novos cargos comissionados", resumiu Castro, acrescentando como exemplo o fato de ultimamente havia aumentado o número de ordens de fiscalização de empresa vindas diretamente da cúpula da Receita, em Curitiba.
ADITAMENTO
Na primeira fase da operação Publicano, deflagrada em março, 62 pessoas, sendo 15 auditores, foram acusadas de integrar a organização criminosa que agia na Receita de Londrina. Ontem, os promotores fizeram o aditamento da denúncia, já aceita pela 3ª Vara Criminal. Eles incluíram 11 auditores fiscais, cujos nomes e participação foi possível graças à delação de Luiz Antonio de Souza. Os auditores incluídos na denúncia são Milton Digiácomo, Laércio Rossi, Antonio Carlos Lovato, Marcos Arrabaça, Lídio Samways Júnior, Clóvis Roggê, Gilberto Favato, José Henrique Hoffmann, José Aparecido Valêncio (ex-coordenador geral da Receita), Hélio Obara e Gilberto Della Coletta. (L.C.)
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