Para o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Ademar
Traiano (PSDB), o novo projeto de lei de reajuste dos servidores
estaduais é "até melhor" do que o anterior, que previa 5% de aumento, em
duas vezes. "Vamos chegar a um índice de 12,12%, somando o IPCA de 2014
integral, de 3,45%, mais toda a inflação de 2015, aplicada em janeiro,
que será a nova data-base", afirmou. A previsão do Executivo é que a
inflação deste ano feche em 8,37%.
O tucano garantiu ainda que o texto foi trabalhado com segmentos do
Fórum das Entidades Sindicais (FES) e com os parlamentares
oposicionistas, o que a categoria nega. "Ainda ontem pela noite nós
fizemos uma consulta aos deputados da oposição, que ocorreram à Mesa
Executiva da Assembleia, e senti a manifestação de que se davam por
satisfeitos", completou.
Segundo Traiano, o que deve prevalecer agora é "o bom senso".
"Temos de dar um ponto final nessa greve e fazer com que os filhos
paranaenses voltem à sala de aula; não tenham mais prejuízos. Isso que
nós imaginamos: poder contar com todos os professores do Estado",
opinou.
Líder do governo na AL, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) disse que
não pretende pedir regime de urgência para a tramitação da mensagem.
Assim, a expectativa é que ela passe normalmente pela análise das
comissões técnicas da Casa, sem a necessidade de convocação de sessões
extraordinárias. Só em seguida é que ela deve seguir para as três
votações em plenário.
"A minha proposta original era justamente conceder os 3,45% no
mês de maio. Agora, o Poder Executivo não tem dinheiro para efetuar esse
aumento, até porque tem de fazer a implantação e pagar as promoções e
progressões pactuadas na greve de fevereiro. São mais de R$ 260 milhões
que devem ser pagos. Esses compromissos todos serão cumpridos",
acrescentou o peemedebista.
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