Ontem foi mais um dia de recordes negativos na economia brasileira. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) retraiu 1,7% no terceiro trimestre na comparação com o segundo. É a maior redução para um terceiro trimestre desde que o instituto deu início à série histórica, em 1996. Também é a sexta queda trimestral consecutiva. Em relação ao mesmo período do ano passado, o tombo é de 4,5% - maior retração desde 1996.
No acumulado do ano (janeiro a setembro), a economia retraiu 3,2% na comparação com o mesmo período de 2014, índice também recorde. A queda de 2,9% no PIB dos serviços no terceiro trimestre deste ano perante o mesmo período do ano passado também foi a mais acentuada da série histórica. Outro recorde é o da redução de 4,5% no consumo das famílias no terceiro trimestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014.
A maior retração no terceiro trimestre (em relação ao trimestre anterior) é a da indústria da transformação (-3,1%). O setor já havia retraído 4,6% no segundo trimestre, 1,9%, no primeiro, e 2,9%, no último de 2014.
Isoladamente, o comércio teve queda de 2,4%, depois de 4,2% no segundo trimestre e de 3,2% no primeiro. No último trimestre de 2014, o setor tinha encolhido 0,3%. Os serviços (incluindo o comércio) tiveram a menor retração: 1% no terceiro trimestre, o mesmo índice verificado no segundo. Nos últimos três meses do ano passado, houve uma queda de 0,9%.
Chama atenção a redução da agropecuária pelo segundo trimestre consecutivo. Foram 2,4% de queda no terceiro trimestre e 3,5% no segundo, sempre na comparação com o semestre imediatamente anterior. O gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flávio Turra, conta quais foram os produtos responsáveis pela retração do agronegócio neste ano: café, laranja, algodão, cana-de-açúcar, e trigo. "A cana vem sendo prejudicada pelo excesso de chuva. Café, laranja e algodão sofreram queda de preço", afirma. Já o problema com o trigo está relacionado, de acordo com ele, à redução do consumo de produtos feitos à base do cereal.
Isoladamente, de acordo com o gerente, o PIB do agronegócio paranaense não deve ter sofrido retração, já que a maior parte das culturas que enfrentam problemas não tem presença forte no Estado. "Apesar dos números ruins do País, o PIB da agropecuária deve fechar positivo neste ano", declara. Ele conta com forte recuperação do setor no período de outubro a dezembro. Turra prevê um cenário positivo para o setor em 2016. "Depende muito da questão cambial, mas de modo geral, as perspectivas são boas para as safras brasileiras", ressalta.
O IBGE revisou a variação do Produto Interno Bruto do segundo trimestre deste ano. O recuo foi de 2,1% na comparação com o primeiro trimestre de 2015. Inicialmente, o instituto havia apurado um recuo de 1,9% no período, como divulgado em agosto. O órgão ainda revisou os resultados do primeiro trimestre de 2015 ante o quarto trimestre de 2014, de -0,7% para -0,8%, e do quarto trimestre de 2014 ante o terceiro trimestre do ano passado, de 0,0% para +0,1%.
Na comparação sem ajuste sazonal, o IBGE revisou o resultado do PIB do segundo trimestre ante igual período de 2014, de -2,6% para -3,0%, e do primeiro trimestre de 2015 em relação ao primeiro trimestre de 2014, de -1,6% para -2,0%. Ainda sem ajuste, o órgão revisou o resultado do PIB no quarto trimestre de 2014 em relação ao quarto trimestre de 2013, de -0,2% para -0,7%. (Com Agência Estado)
No acumulado do ano (janeiro a setembro), a economia retraiu 3,2% na comparação com o mesmo período de 2014, índice também recorde. A queda de 2,9% no PIB dos serviços no terceiro trimestre deste ano perante o mesmo período do ano passado também foi a mais acentuada da série histórica. Outro recorde é o da redução de 4,5% no consumo das famílias no terceiro trimestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014.
A maior retração no terceiro trimestre (em relação ao trimestre anterior) é a da indústria da transformação (-3,1%). O setor já havia retraído 4,6% no segundo trimestre, 1,9%, no primeiro, e 2,9%, no último de 2014.
Isoladamente, o comércio teve queda de 2,4%, depois de 4,2% no segundo trimestre e de 3,2% no primeiro. No último trimestre de 2014, o setor tinha encolhido 0,3%. Os serviços (incluindo o comércio) tiveram a menor retração: 1% no terceiro trimestre, o mesmo índice verificado no segundo. Nos últimos três meses do ano passado, houve uma queda de 0,9%.
Chama atenção a redução da agropecuária pelo segundo trimestre consecutivo. Foram 2,4% de queda no terceiro trimestre e 3,5% no segundo, sempre na comparação com o semestre imediatamente anterior. O gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flávio Turra, conta quais foram os produtos responsáveis pela retração do agronegócio neste ano: café, laranja, algodão, cana-de-açúcar, e trigo. "A cana vem sendo prejudicada pelo excesso de chuva. Café, laranja e algodão sofreram queda de preço", afirma. Já o problema com o trigo está relacionado, de acordo com ele, à redução do consumo de produtos feitos à base do cereal.
Isoladamente, de acordo com o gerente, o PIB do agronegócio paranaense não deve ter sofrido retração, já que a maior parte das culturas que enfrentam problemas não tem presença forte no Estado. "Apesar dos números ruins do País, o PIB da agropecuária deve fechar positivo neste ano", declara. Ele conta com forte recuperação do setor no período de outubro a dezembro. Turra prevê um cenário positivo para o setor em 2016. "Depende muito da questão cambial, mas de modo geral, as perspectivas são boas para as safras brasileiras", ressalta.
Revisões
O IBGE revisou a variação do Produto Interno Bruto do segundo trimestre deste ano. O recuo foi de 2,1% na comparação com o primeiro trimestre de 2015. Inicialmente, o instituto havia apurado um recuo de 1,9% no período, como divulgado em agosto. O órgão ainda revisou os resultados do primeiro trimestre de 2015 ante o quarto trimestre de 2014, de -0,7% para -0,8%, e do quarto trimestre de 2014 ante o terceiro trimestre do ano passado, de 0,0% para +0,1%.
Na comparação sem ajuste sazonal, o IBGE revisou o resultado do PIB do segundo trimestre ante igual período de 2014, de -2,6% para -3,0%, e do primeiro trimestre de 2015 em relação ao primeiro trimestre de 2014, de -1,6% para -2,0%. Ainda sem ajuste, o órgão revisou o resultado do PIB no quarto trimestre de 2014 em relação ao quarto trimestre de 2013, de -0,2% para -0,7%. (Com Agência Estado)
Nelson Bortolin
Nenhum comentário:
Postar um comentário