POR PAINEL
Alerta laranja A decisão da ministra Cármen Lúcia de suspender a posse de Cristiane Brasil (PTB) no Ministério do Trabalho desencadeou reações extremadas no Planalto. Michel Temer se reuniu nesta segunda (22) com ministros e assessores. Pelos relatos, o governo está disposto a subir um tom. Auxiliares do emedebista citam risco de crise institucional. Dizem que a sentença foi política e que há elementos para afirmar que o STF está interferindo no Executivo, cassando competências do presidente.
Pela beirada O governo vai esperar que Cármen Lúcia reexamine o caso antes de partir para o embate. Juristas avaliam que a ministra foi esperta ao barrar a posse de Brasil suscitando uma questão técnica, sem tocar o mérito da ação. Ela terá que lançar mão de um raciocínio complexo para embasar a suspensão constitucionalmente.
Seu labirinto Integrantes de cortes superiores afirmam que, se Cármen Lúcia mantiver a decisão que travou a posse de Brasil, estará sinalizando que um juiz de primeiro grau pode cassar um ato do presidente, mas o STJ, não.
Menos, bem menos Aliados de Temer vitimizaram Cristiane Brasil e chegaram a dizer que, ao vetar o ingresso dela no ministério, o Supremo está, na prática, cassando direitos políticos.
Deu! A bancada do PTB na Câmara está menos solidária. Começou a pressionar o presidente do partido, Roberto Jefferson, a indicar um nome técnico para o posto.
Liga o trator O Planalto vai iniciar um pente-fino nas emendas de parlamentares que ainda estão sob análise para identificar casos em que será possível antecipar o pagamento de verbas como forma de tentar estimular a adesão à reforma da Previdência.
Minha bênção A estratégia de antecipar a execução do Orçamento conta com o aval do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), principal articulador das mudanças nas regras de aposentadoria dentro do Congresso.
Ao menos tentei Mesmo diante da avaliação de que a decisão do STF no caso Cristiane Brasil terminou de sepultar a reforma da Previdência, Temer pediu a aliados que não se desviem do plano de retomar as discussões sobre o projeto no dia 6 de fevereiro. Quer mesmo levar o tema a plenário no próximo mês.
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