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domingo, 28 de janeiro de 2018

EMPRESÁRIO DIZ QUE VEREADOR PEDIU R$ 1 MILHÃO DE PROPINA

Uma denúncia de um empresário ao Grupo de Atuação Especial de
 Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que disse ter sido alvo da 
suposta organização criminosa investigada na Operação Zona 
Residencial 3 (ZR3), de Londrina, no norte do Paraná, aponta 
que o vereador Mário Takahashi (PV) pediu R$ 1 milhão de propina.
O dinheiro, conforme a denúncia, era uma condição para a aprovação 
de um projeto de lei que alteraria o zoneamento das terras do 
empresário de industrial para residencial. Ele afirmou que foi alvo
 da suposta organização em 2017, mas que em 2013 já havia se 
encontrado com o vereador.
O empresário também disse ao Ministério Público do Paraná (MP-PR)
 que não aceitou a proposta de Takahashi. Em 2014, ele contou
 que tentou apresentar um pedido por conta própria na Câmara de 
Londrina, que foi negado pelo Legislativo.
"Posso afirmar que esse
 agentes
 públicos que já foram identificados
 estão, sim, envolvidos até o
 pescoço",
 afirmou o promotor Jorge
 Barreto.

Operação

Na investigação, o MP-PR relata a descoberta da estrutura de 
uma organização criminosa integrada, em sua cúpula, pelos 
vereadores Mário Takahashi e Rony Alves (PTB).
Para a promotoria, a estrutura criminosa contava, ao menos, com 
três membros do Conselho Municipal da Cidade (CMC) de Londrina:
 os investigados Ignês Dequech, Cleuber Moraes e Luiz Guilherme 
Alho, apontado como principal interlocutor entre o CMC, a Câmara e 
os suspeitos.
Um dos encontros entre os vereadores e Alho foi registrado por policiais
 do Gaeco em um restaurente próximo ao prédio do Legislativo.
Conforme o MP-PR, "a triangulação da organização criminosa em
 órgãos públicos se completa com a atuação do servidor público 
Ossamu Kaminagakura, lotado na Secretaria de Obras da Prefeitura 
de Londrina e responsável pela concessão de pareceres (no caso, 
favoráveis) em processos que visam a implantação de loteamentos".

O que dizem os citados

A defesa de Rony Alves contestou as afirmações apresentadas
 pelo Gaeco e disse que, apesar de apontar o vereador como integrante
 da cúpula de uma organização criminosa, o MP-PR não consegue
 indicar nas investigações um local, atitude, documento ou procedimento 
ilícito que caracterize o cometimento de crime por parte do vereador.
Procurada, a defesa de Luiz Guilherme Christino Alho da Silva disse 
que não há provas apresentadas pelo MP-PR, e que mesmo nas
 transcrições das gravações presentes nos documentos do Gaeco
 o empresário afirma que não compactua com o pagamento de propina.
A reportagem não conseguiu contato neste sábado com a defesa 
do ex-secretário municipal Cleuber Moraes Brito. Anteriormente, a 
defesa negou o envolvimento dele nas denúncias e disse que vai
 provar a inocência do cliente.
A defesa de Ossamu Kaminagakura, que não foi encontrada neste 
sábado, já tinha dito que não iria se pronunciar sobre as investigações 
do Gaeco.
A ex-presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano 
de Londrina (IPPUL), Ignês Dequech, não atendeu as ligações.G1

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