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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

BANCO CENTRAL BAIXA JUROS PELA DÉCIMA VEZ


Pela décima vez seguida, o Banco Central (BC) baixou os 
juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê 
de Política Monetária (Copom) reduziu nesta quarta (6)
 a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, de 7,5% ao ano 
para 7% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas 
financeiros.

Com a redução de quarta, a Selic atinge o menor nível
 desde o início da série histórica do Banco Central, em
 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi
mantida em 7,25% ao ano, anteriormente o nível mais 
baixo da história, e passou a ser reajustada gradualmente
 até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Somente 
em outubro do ano passado, o Copom voltou a reduzir
 os juros básicos da economia. Apesar do corte, o Banco 
Central está afrouando menos a política monetária. De 
abril a setembro, o Copom havia reduzido a Selic em 1 
ponto percentual. O ritmo de corte caiu para 0,75 ponto
 em outubro e 0,5 ponto na reunião de hoje. Em nota, o
 BC informou que a inflação está se comportando como 
o esperado e indicou que pode continuar a cortar os juros 
básicos na próxima reunião do Copom, no fim de janeiro.

"Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua 
conforme esperado, e em razão do estágio do ciclo de 
flexibilização, o Comitê vê, neste momento, como adequada 
uma nova redução moderada na magnitude de flexibilização
 monetária. Essa visão para a próxima reunião é mais
 suscetível a mudanças na evolução do cenário e seus 
riscos que nas reuniões anteriores. Para frente, o Comitê 
entende que o atual estágio do ciclo recomenda cautela na 
condução da política monetária".

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para 
manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice 
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo
 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o
 IPCA ficou em 0,42% em outubro. Nos 12 meses terminados
 em outubro, o índice acumula 2,7%, abaixo do piso da meta
 de inflação, que é de 3%.

Até o ano passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) 
estabelecia meta de inflação de 4,5%, com margem de 
tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. Para este
 ano, o CMN reduziu a margem de tolerância para 1,5 ponto
 percentual. A inflação, portanto, não poderá superar 6% 
neste ano nem ficar abaixo de 3%.

Inflação

No Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro 
pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o
 IPCA encerrará 2017 em 3,2%. De acordo com o boletim 
Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras 
divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano
 em 3,03%, mesmo com os aumentos recentes nos preços dos combustíveis.
Agência Brasil

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