O levantamento utiliza os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE. Com base nestes microdados, o Ipea analisa a dinâmica recente do mercado de trabalho brasileiro. O instituto chamou atenção que, apesar desse aumento no terceiro trimestre, a taxa de desocupação dos jovens entre 18 a 24 anos continua sendo a mais elevada. O órgão apontou que a redução da taxa de desemprego, que ocorreu de forma generalizada entre as faixas etárias, poderia ter sido mais expressiva, não fosse o aumento da população economicamente ativa (PEA), que, entre os jovens, apresentou variação interanual de 4,3% no terceiro trimestre. A PEA inclui informação das pessoas ocupadas no mercado de trabalho e das que estão desocupadas, mas interessadas em encontrar emprego.
Ritmo lento
Para a pesquisadora do Ipea Maria Andréia Lameiras, uma das autoras do estudo, a informação de que mais gente encontrou ocupação é boa, mas a taxa de desocupação ainda diminui em ritmo lento. "Tem mais gente ocupada, o que é uma boa notícia. Mas, como muita gente que não estava procurando emprego passou a procurar, isso tem impedido que a taxa de desocupação caia mais rapidamente", disse.
Na visão da pesquisadora, a sensação de melhora do mercado de trabalho, por parte da população, é o que tem provocado o aumento da PEA e isso faz com que mais pessoas voltem a procurar trabalho. "As pessoas têm a sensação de que as oportunidades estão melhores, de que há vagas. As que antes não procuravam, por achar que não conseguiriam uma oportunidade, começaram a voltar à ativa", falou.
De acordo com o Ipea, os dados do terceiro trimestre de 2017 mostram que 23% dos jovens que estavam desempregados conseguiram uma nova colocação. Nas outras categorias a taxa ficou em 35% para a faixa entre 25 e 39 anos, 33% entre 40 a 59 anos e 28% para os mais de 60 anos. Segundo o Ipea, 8% dos jovens que iniciaram o terceiro trimestre ocupados tornaram-se desempregados, um patamar bem acima do registrado pelos demais segmentos.
Remunerações e expansão
O Ipea destacou também como resultado positivo para os mais jovens o nível das remunerações. O órgão apontou que as estatísticas da Pnad Contínua indicam "uma melhora relativa dos salários recebidos pelos ocupados com idade entre 18 e 24 anos". A variação ficou em 1,4% no terceiro trimestre do ano, enquanto no período imediatamente anterior tinha havido queda de 0,6%. No entanto, a faixa entre 40 e 59 anos foi a que registrou maior expansão salarial (2,2%) nos meses de julho a setembro.
Ainda conforme o estudo, o grau de instrução teve uma melhora espalhada na ocupação de todos os grupos, apesar de que é mais significativa entre os de nível superior, que registrou elevação de 7,8%, em relação ao terceiro trimestre de 2016.
A avaliação apontou também que o aquecimento do mercado informal, que cresceu 6,9% no terceiro trimestre, provocou, na maior parte, a retomada do dinamismo do mercado de trabalho, na comparação com o mesmo período do ano passado. Já os chamados "trabalhos por conta própria", aumentaram 4,8%.
Entre os setores da economia, o estudo indica que em 2017 há desempenho positivo da ocupação em comércio, serviços e indústria. Para 2018 ,as expectativas apontam "uma continuidade da expansão da ocupação e dos rendimentos, possibilitada pela aceleração do ritmo de crescimento da atividade econômica". Agência Brasil
Para a pesquisadora do Ipea Maria Andréia Lameiras, uma das autoras do estudo, a informação de que mais gente encontrou ocupação é boa, mas a taxa de desocupação ainda diminui em ritmo lento. "Tem mais gente ocupada, o que é uma boa notícia. Mas, como muita gente que não estava procurando emprego passou a procurar, isso tem impedido que a taxa de desocupação caia mais rapidamente", disse.
Na visão da pesquisadora, a sensação de melhora do mercado de trabalho, por parte da população, é o que tem provocado o aumento da PEA e isso faz com que mais pessoas voltem a procurar trabalho. "As pessoas têm a sensação de que as oportunidades estão melhores, de que há vagas. As que antes não procuravam, por achar que não conseguiriam uma oportunidade, começaram a voltar à ativa", falou.
De acordo com o Ipea, os dados do terceiro trimestre de 2017 mostram que 23% dos jovens que estavam desempregados conseguiram uma nova colocação. Nas outras categorias a taxa ficou em 35% para a faixa entre 25 e 39 anos, 33% entre 40 a 59 anos e 28% para os mais de 60 anos. Segundo o Ipea, 8% dos jovens que iniciaram o terceiro trimestre ocupados tornaram-se desempregados, um patamar bem acima do registrado pelos demais segmentos.
Remunerações e expansão
O Ipea destacou também como resultado positivo para os mais jovens o nível das remunerações. O órgão apontou que as estatísticas da Pnad Contínua indicam "uma melhora relativa dos salários recebidos pelos ocupados com idade entre 18 e 24 anos". A variação ficou em 1,4% no terceiro trimestre do ano, enquanto no período imediatamente anterior tinha havido queda de 0,6%. No entanto, a faixa entre 40 e 59 anos foi a que registrou maior expansão salarial (2,2%) nos meses de julho a setembro.
Ainda conforme o estudo, o grau de instrução teve uma melhora espalhada na ocupação de todos os grupos, apesar de que é mais significativa entre os de nível superior, que registrou elevação de 7,8%, em relação ao terceiro trimestre de 2016.
A avaliação apontou também que o aquecimento do mercado informal, que cresceu 6,9% no terceiro trimestre, provocou, na maior parte, a retomada do dinamismo do mercado de trabalho, na comparação com o mesmo período do ano passado. Já os chamados "trabalhos por conta própria", aumentaram 4,8%.
Entre os setores da economia, o estudo indica que em 2017 há desempenho positivo da ocupação em comércio, serviços e indústria. Para 2018 ,as expectativas apontam "uma continuidade da expansão da ocupação e dos rendimentos, possibilitada pela aceleração do ritmo de crescimento da atividade econômica". Agência Brasil
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