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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

É HORA DE MUDAR DE EMPREGO CONFIRA CINCO DIICAS IMPORTANTES

Em  um cenário de crise econômica, a cautela tomou conta dos 
trabalhadores. Muitos desistiram de fazer mudanças radicais na 
carreira à espera de um cenário mais favorável. Com a crise se 
arrastando e muitas incertezas sobre quando a economia vai 
voltar a crescer, uma das principais questões para esses trabalhadores
 é se vale a pena arriscar e mudar de emprego em 2017.
O desemprego ainda está longe de trazer um alívio è economia.
 A taxa continua a crescer e 12,3 milhões de brasileiros 
encerraram 2016 desempregados, segundo o Instituto Brasileiro
 de Geografia e Estatística (IBGE).
Dessa forma, será que é hora de mudar de emprego? Segundo 
especialistas ouvidos pelo G1, os profissionais devem levar em
 conta seu plano de carreira, objetivos e como a mudança de
 emprego ou área pode impactar a sua vida pessoal, além de
 considerar o momento econômico do país.
Segundo Gustavo Parise, diretor executivo da Korn Ferry Future
 Steps, o ano de 2016 foi marcado pela instabilidade política e
 econômica, que afetou as oportunidades no mercado de trabalho, 
impactando as decisões dos profissionais. “Quem deseja fazer 
uma movimentação, mas não está sendo procurado pelas
 empresas, fica reticente com a mudança porque prefere ter
 menos riscos. Toda mudança gera um risco, independente da 
natureza da profissão, empresa ou salário”.
Os especialistas afirmam que o mercado de trabalho já começou
 mais movimentado em 2017 por causa das vagas que ficaram 
“represadas” no ano passado e começaram a aparecer agora.
 “Muitas empresas estão se planejando e reiniciando projetos 
que antes estavam parados. O ano continuará com contratações
 mais criteriosas e seletivas, com as companhias precisando 
cada vez mais de profissionais de alta performance e comprometidos”, 
afirma Fernando Mantovani, diretor de operações da Robert Half.
Além do cenário econômico, o profissional deve avaliar a 
oportunidade de emprego de maneira ampla para chegar a uma
 decisão. Plano de carreira, desafios, remuneração, benefícios
 e perspectivas de crescimento estão entre os fatores que devem
 fazer parte da avaliação.
Para Ricardo Rocha, diretor da Michael Page, o salário não deve
 ser o fator mais importante para a troca. “Mas não adianta mudar
 para um setor que está em dificuldade, decrescendo. Isso não 
vai fazer bem para a carreira”, afirma.
“Não é sempre que vale a pena trocar de emprego. Toda decisão
 deve ser muito bem avaliada, pensando em quais serão os 
impactos na vida pessoal e profissional”, afirma Parise.
Os especialistas listaram o que os profissionais devem avaliar
 na hora de mudar de emprego. Veja abaixo:
1) Plano de carreira
Todos os especialistas afirmaram que um dos principais fatores 
para trocar de emprego deve ser uma reflexão se essa movimentação
 faz sentido para a carreira. Ou seja, avaliar quais benefícios ela 
trará para o profissional no longo prazo.
Ricardo Rocha, diretor na Michael Page, lembra que de 2011 a
 2014 foi comum ver movimentações apenas por crescimento de 
cargos e salários. “No longo prazo, isso não pode ser tão bom. 
É importante entender o que leva a mudança”.
Segundo Fernando Mantovani, diretor de operações da Robert
 Half, outro fator para se colocar na balança é de que experiências
 curtas no currículo podem deixar futuros recrutadores em dúvida
 sobre o comprometimento do profissional. Assim, é necessário 
que a mudança realmente reflita um movimento de carreira que 
faça sentido.
2) Motivação
Segundo Gustavo Parise, diretor executivo da Korn Ferry Future 
Steps, o profissional tem que saber claramente qual é a sua 
motivação para a mudança de emprego ou carreira. “O direcionador
 motivacional tem que ser mais baseado no desafio que vem pela
 frente e nas oportunidades de crescimento”. Ele ressalta que o
 dinheiro não deve ser o motivo principal para uma mudança.
Objetivo profissional, perspectivas para o futuro, desafios, 
escopo do trabalho, oportunidades para aprendizado e crescimento,
 salário, localização e benefícios estão entre os fatores que devem
 entrar na conta na hora de decidir ser vale ou não mudar de 
emprego ou carreira.
3) Vagas represadas devem ser lançadas
As incertezas econômicas de 2016 afetaram o mercado de trabalho 
e frearam as contratações, mas segundo os especialistas ouvidos
 pelo G1, muitas empresas que deixaram projetos engavetados no
 ano passado devem voltar a contratar em 2017. Isso pode ser 
uma oportunidade para os profissionais que procuram emprego.
“Aos poucos a economia começa a dar sinais de recuperação, 
refletindo também no reaquecimento das contratações. A tendência
 é que o setor de vendas, por exemplo, seja o primeiro a sentir a melhora, 
sendo ele um dos meios para a garantia da continuidade e expansão 
dos negócios. Tecnologia, finanças e engenharia são outros setores 
que também estão em alta”, afirma Mantovani.
4) Identificação com a cultura da empresa
O salário e os benefícios não devem ser os únicos fatores considerados 
na hora de trocar de emprego ou de área. Identificação com a 
empresa e com sua cultura, escopo do trabalho e da função, 
desafios e planejamento de carreira devem ser levados em 
conta na hora da avaliação.
“É importante ter em mente que a avaliação de uma oferta de 
trabalho não deve se resumir à questão financeira”, diz Mantovani.
“Não ter recebido bônus ou aumento salarial não deve ser o 
direcionador para mudar de trabalho. Esse é um perigo que 
muitos acabam acreditando por causa de um resultado negativo”,
 afirma Parise.
5) Perspectivas para a empresa
Segundo Rocha, é muito importante que o profissional entenda o
 momento do setor e da empresa em que deseja trabalhar. 
“É importante fazer uma pesquisa para saber como a empresa 
está, assim como ela faz com o candidato. Isso conta muito na 
hora da escolha e também na entrevista, pois mostra interesse 
em entender o negócio”.
Muitas empresas passam por dificuldades financeiras e têm 
condições limitadas de desenvolver novos talentos e oferecer 
oportunidades profissionais.
“O ideal é o profissional avaliar se a companhia na qual deseja 
ingressar oferece um projeto sustentável para a sua carreira, se 
há compatibilidade com o que ele busca e se há perspectivas 
de crescimento do negócio”, afirma Mantovani. G1

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