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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

MINISTRO JOSÉ SERRA PEDE DEMISSÃO DO CARGO NESTA QUARTA FEIRA 22

O Ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP), pediu
 demissão do cargo na noite desta quarta-feira (22).
Na carta enviada ao presidente Michel Temer, Serra disse
 que decidiu deixar a pasta "em razão de problemas de saúde"
Serra estava no cargo desde maio do ano passado, quando
 Temer assumiu como presidente em exercício.
O tucano é senador por São Paulo e tem mandato até 2022.
 Ele havia se licenciado para assumir o Itamaraty.
Ao longo do período em que ocupou o Ministério das Relações
 Exteriores, José Serra se envolveu em algumas polêmicas,
como quando determinou o envio de uma circular a
 embaixadores em todo o mundo para rebater a tese da
 ex-presidente Dilma Rousseff de que ela foi vítima de 
um "golpe" no processo de impeachment.
Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, Serra entregou
pessoalmente a carta de demissão a Temer na noite desta
quarta, no Planalto.
Conforme informou o colunista do G1 e da GloboNews Gerson
 Camarotti, desde dezembro do ano passado Serra já dava 
sinais a aliados de que poderia deixar o ministério.
Com a saída de Serra, o secretário-geral do Itamaraty, Marcos
 Galvão, deverá responder pela pasta até que um novo ministro
 seja nomeado.

Trechos da carta

Na carta de demissão, Serra diz que deixa o cargo "com tristeza'.
 Segundo o ministro, os problemas de saúde o impedem de
cumprir as viagens internacionais necessárias ao cargo, além
das atividades do dia a dia.
José Serra acrescenta, ainda, que os médicos estimam um
período de quatro meses para o "restabelecimento adequado"
 da saúde.
"Para mim, foi motivo de orgulho integrar sua equipe. No
Congresso, honrarei meu mandato de senador trabalhando
 pela aprovação de projetos que visem à recuperação da
economia, ao desenvolvimento social e à consolidação
democrática do Brasil", conclui José Serra na carta.

Problemas de saúde

Na carta de demissão, José Serra não especifica os problemas
de saúde que enfrenta. Em dezembro do ano passado, o então
 ministro foi submetido a uma cirurgia na coluna no Hospital
Sírio-Libanês.
Além disso, em janeiro de 2014, Serra foi submetido a uma
 cirurgia na próstata. Ele apresentava um quadro de hiperplasia
 prostática benigna, quando há aumento do órgão.
Antes disso, em julho de 2013, o ministro foi submetido a um
cateterismo. À época, os médicos colocaram no coração dele um
 stent, mola metálica que expande a artéria e aumenta a capacidade
 de fluxo sanguíneo.

PSDB no governo Temer

Mesmo com a saída de José Serra, o PSDB continua sendo um
dos principais partido que integram a base de apoio do presidente
Michel Temer.
Isso porque a legenda comanda os ministérios das Cidades
(Bruno de Araújo-PE), da Secretaria de Governo (Antonio
Imbassahy-BA) e dos Direitos Humanos (Luislinda Valois-BA).
Além disso, o líder do governo no Senado é o tucano Aloysio
Nunes (SP), candidato a vice-presidente em 2014 na chapa
 formada com Aécio Neves (MG), que acabou derrotada.

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