As investigações tiveram início após a família da garota de 11 anos registrar um boletim de ocorrência (B.O) no núcleo, relatando que a criança teria sido abusada sexualmente no dia 9 de dezembro de 2016, quando estava indo para a escola que estudava, no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
Conforme informações levantadas pela equipe, no dia do fato o suspeito estava dirigindo um veículo Siena chumbo, quando parou o carro e foi em direção a garota. "Ele a arrastou até o carro com extrema violência, utilizando de força corporal para consumar o fato", conta o delegado adjunto do Nucria, Tito Lívio Barrichello.
De acordo com o delegado, a vítima ficou aproximadamente 30 dias internada em um hospital de Curitiba, no bairro Água Verde.
Durante as diligências, a polícia localizou um B.O registrado em novembro de 2016, por uma jovem de 19 anos, que relatava uma situação semelhante a que equipe investigava. O qual informava uma tentativa de estupro, ocorrida no bairro CIC, em que o suspeito também utilizava um Siena de cor chumbo para realizar o crime.
Divulgação/Polícia Civil
Diante do fato, os policias passaram a trabalhar em cima do caso e relacionar as situações. Na ocasião, a jovem de 19 anos estava voltando de uma festa, por volta das 7 horas da manhã, no dia 2 de novembro do ano passado. O suspeito a abordou com o Siena e a arrastou até o carro – basicamente da mesma forma com que agiu com a garota de 11 anos –. "Nesse caso, a jovem entrou em luta corporal com o suspeito e conseguiu fugir, porém ele ficou com o celular e demais pertences dela", completa o delegado.
Barichello acredita que o suspeito tenha praticado mais crimes de estupro, devido ao seu modo de agir violento e organizado. "Ambas as vítimas foram atacadas em sextas-feiras, no mesmo horário e na mesma região do bairro CIC. Tanto a criança de 11 anos, quanto a jovem de 19, foram arrastadas para dentro do veículo do suspeito, que já estava com o banco traseiro abaixado, provavelmente para facilitar o estupro", explica o delegado.
As duas vítimas reconheceram o suspeito, confirmando a autoria das violências. O homem já cumpriu 14 anos de pena no Sistema Prisional, por associação criminosa. Além de possuir uma condenação de 70 anos de reclusão, por assalto a bancos e joalheiras. O suspeito também possui passagens pelos crimes de furto, roubo, estelionato, tráfico de drogas e falsificação de documento público.
Na delegacia, Silva confessou o crime e foi indiciado por estupro de vulnerável, devido ao crime praticado contra a menina de 11 anos, e tentativa de estupro e roubo, referente a ação criminosa contra a jovem de 19 anos. Se condenado, poderá pegar uma pena superior a 20 anos de prisão. O suspeito será encaminhado ao Sistema Penitenciário, onde ficará à disposição da Justiça.
O delegado orienta a população a procurar o Nucria caso tenha alguma informação sobre casos semelhantes. "Devido ao alto grau de periculosidade do suspeito, é importante que a população esteja atenta e entre em contato conosco pelo número (41) 3270-3370", finaliza Barichello.
Redação Bonde com Polícia Civil
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