"Era uma situação amadora, era a forma como a cúpula da empresa encontrou para cumprir determinados compromissos que havia aceitado", disse Barra, em depoimento.
Nesta quarta-feira (15), os ex-executivos da Andrade Gutierrez Rogério Nora de Sá e Clóvis Renato Primo reafirmaram que a construtora pagou propina para participar das obras de reforma do Estádio do Maracanã, em manobra chamada de "contribuição de governo".
Barra foi ouvido como testemunha no processo da Operação Saqueador. A investigação refere-se ao esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no valor de R$ 370 milhões.
O esquema desvendado na operação desencadeada em junho do ano passado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF) tem como principais acusados o dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, e o contraventor Carlinhos Cachoeira. Além deles, foram denunciadas 21 pessoas, entre executivos, diretores, tesoureira e conselheiros da empreiteira e proprietários e contadores de empresas fantasmas, criadas pelo contraventor e pelos empresários Adir Assad e Marcelo Abbud.
Barra já foi condenado por Bretas na Operação Lava Jato e, junto com o ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, teve um acordo de delação homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, que morreu em janeiro deste ano.
Hoje à tarde, o ex-senador Delcídio do Amaral presta depoimento ao juiz Marcelo Bretas como testemunha de acusação no processo da Operação Saqueador. Ana Cristina Campos - Agência Brasil
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