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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

EXPECTATIVAS DO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL SÃO BOAS PARA 2016

O setor de construção civil do Paraná espera um ano com perspectivas melhores em 2016 em relação ao cenário que se apresentou neste ano. Uma sondagem realizada em novembro com 300 empresas da área no Estado apontou que 51% dos empresários pesquisados pretendem manter o nível de atividade contra 42% em 2015. Um total de 36% acredita em aumento do nível de atividade (em 2015 eram 51%) e 13% apostam em diminuição contra 7% em 2015.
Em relação ao número de funcionários a previsão é ter um crescimento de 11% do nível de emprego com a criação de 1.174 postos de trabalho. Do total de empresas entrevistadas, 53% pretendem manter o quadro de trabalhadores, 28% vão aumentar e 19% devem diminuir. Os empregos devem ter crescimento maior nas pequenas empresas (24%) seguidas das médias (3%) e das grandes (1%).
Os dados foram divulgados ontem, em Curitiba, pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR). O presidente da entidade, José Eugenio Gizzi, disse que as perspectivas são melhores para 2016 porque este ano houve uma retração grande e, por isso, a base de comparação entre 2015 e 2016 é muito ruim. Outro motivo que anima o setor é a possibilidade de aumento de investimentos do governo do Estado em obras de infraestrutura em rodovias, construção de escolas e manutenção do patrimônio público atual. Por 2016 ser um ano eleitoral, a previsão é que os prefeitos acelerem a conclusão de obras, o que pode beneficiar o setor da construção civil no Paraná.
Neste ano, a previsão é que o Produto Interno Bruto (PIB) do setor de construção civil feche o ano com queda de 9% no Brasil. "Imaginávamos que não seria um ano fácil, mas não como aconteceu", disse Gizzi. Segundo ele, entre os principais motivos que afetaram o setor e a economia brasileira como um todo estão o aumento do desemprego e a deterioração do fator político com a diminuição do apoio à presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.
Ele explicou que, além disso, havia uma demanda reprimida por imóveis e foram feitos muitos lançamentos em anos anteriores, o que aumentou o estoque do mercado. Ainda houve diminuição do crédito para financiamento imobiliário (-16% no Brasil), redução de investimentos públicos em infraestrutura e um número menor de unidades do Programa Minha Casa Minha Vida.
Nos últimos 12 meses encerrados em outubro, a construção civil teve o fechamento de 15,6 mil empregos no Estado. E a previsão é que a renda média também tenha diminuição caindo de R$ 1.908,60 em 2014 para R$ 1.867,70 em 2015. Segundo ele, a queda na renda reflete demissões de funcionários que tinham salários maiores.
Em Curitiba, o ano de 2015 deve fechar com queda de 19% na área concluída de construção, redução de 13% nas unidades concluídas e queda de 11% na área liberada para construção e de 21% nas unidades liberadas para serem construídas. As unidades verticais lançadas na capital caíram 31% em 2015. "Houve redução de lançamentos por conta da demanda menor e aumento do estoque de imóveis", disse. Os preços médios para unidades residenciais verticais subiram 5% e para comerciais 3%. Ainda em Curitiba, as vendas de imóveis de janeiro a setembro cresceram 3,3% em valor e 6% em número de unidades. "Vendemos mais unidades, mas com valores menores", avaliou Gizzi. Segundo ele, o momento é interessante para a aquisição de imóveis e ele prevê que os preços devam se manter para 2016.
Andréa Bertoldi
Reportagem Local-Folha de Londrina.

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