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terça-feira, 7 de julho de 2015

SÉRIE DE CHUVAS AMEAÇA PRODUÇÃO DE HORTIFRUTI

As chuvas pesadas da última semana – com recorde de precipitação pluviométrica para o mês de julho – deixaram os produtores de hortifruti em alerta. Se voltar a chover nos próximos dias, como indicam todas as previsões meteorológicas, a produção de verduras e legumes pode ficar comprometida na região e o preço pode disparar. Na Ceasa de Londrina, alguns produtos já tiveram alta de preço.
Segundo o gerente da Ceasa, Marcos Augusto Pereira, para os hortifruti todos os extremos são prejudicais e resultam em majoração de preço: muita seca, muita chuva, muito frio ou muito calor prejudicam, seja pela perda direta ou manuseio mais difícil. “A produção local, com essa chuvarada, já começa a sofrer. E, pior, deve vir mais chuva e frio por aí.”
Os vegetais folhosos e tuberosos, explica Pereira, são os mais prejudicados. “A abobrinha verde, cuja caixa de 20 quilos custava R$ 30 há um mês, hoje já está sendo vendida por R$ 40. A saca de 60 quilos de batata – que embora venha de fora, também foi prejudicada – passou de R$ 115 para R$ 135 em menos de um mês”, aponta o gerente. O tomate também subiu com o tempo frio, passando de R$ 55 a caixa de 22 quilos para R$ 80 no período – alta de 45%. “E se chover muito, vamos ver mais aumento de preços”, diz Pereira. Ele aconselha que o consumidor aproveite os dias de oferta dos supermercados para comprar as verduras da semana. “E sempre procurar os produtos de época que, com a oferta maior, têm redução de preço.” Segundo ele, hoje o site da Ceasa (www.ceasa.pr.gov.br) deve publicar uma lista completa de hortaliças e frutas da época.
Para o produtor de hortaliças Eliel dos Santos Silva, o intervalo nas chuvas no sábado, domingo e ontem deu um fôlego extra. “Se fosse com sol quente, como acontece no verão, eu tinha perdido tudo. Mas o frio conserva um pouco melhor. Desde que não seja geada, ainda dá para suportar.” Ele está procurando colher logo o que puder porque a previsão de chuvas para esta semana não é animadora. “Se chover outros quatro dias como aconteceu na semana passada, vou ter prejuízo porque ‘mela’ os produtos”, explica. De acordo com ele, ficam em pior estado a abobrinha, o quiabo, o tomate e o pepino, que não crescem como deveriam.
Consumidor
Nos sacolões e quitandas, o consumidor já sentiu o preço um pouco mais alto, principalmente no tomate e na cebola. “Mas os outros produtos ainda se mantêm mais estáveis, por enquanto”, diz a proprietária do Sacolão San Fernando, Eliane Ribeiro.
No Almeida Mercados, o preço das hortaliças está estável porque a rede de supermercados também tem fornecedores no sul de Minas e São Paulo. Segundo o supervisor de compras de hortifruti da rede, Marcelo Pissinati, só os preços dos produtos comprados na Ceasa de Londrina subiram um pouco. “Mas a gente nem repassa o valor para o consumidor porque a qualidade também caiu. Preferimos reduzir nossa margem de lucro para não encalhar o produto.”

Ceasa abre licitação para ocupação de espaços vagos

A Ceasa deve abrir, nos próximos dias, uma licitação para preencher áreas vagas entre os 300 boxes que existem no local. Serão ofertados 28 lotes – alguns com mais de um box – para duas categorias: espaço de estocagem e para comercialização de produtos. Para participar da categoria estocagem, é recomendável que o interessado já tenha um espaço na Ceasa; para comercialização, é preciso ter empresa constituída.
O contrato é válido por 15 anos e os espaços serão comercializados por valores a partir de R$ 10 mil. Segundo o gerente da Ceasa, Marcos Augusto Pereira, nesse valor não estão incluídos o aluguel – R$ 10,30 o metro quadrado para área de estocagem e R$ 20,60 o metro quadrado para o espaço de comercialização – nem o rateio de despesas. Os interessados devem se cadastrar junto à Ceasa.JL.

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