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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

PROCURADORIA GERAL DA REÚPLICA RECORRE DA DECISÃO DE GILMAR MENDES DE SOLTAR BETO RICHA

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recorreu nesta 
 Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de soltar o ex-
governador do Paraná Beto Richa.
Richa foi solto na madrugada de sábado (15). Ele e outras 14 
 do Ministério Público estadual (MP-PR) que investiga crimes 
em licitações para o reparo de estradas rurais do estado.
Dodge requereu ao ministro do STF que reveja a decisão de 
soltar o ex-governador e que determine a remessa para "livre 
distribuição", como pedido de habeas corpus. Caso ele não
 entenda assim, pede que o recurso seja remetido para julgamento
 do Pleno.
A procuradora-geral questionou o instrumento utilizado pela 
defesa de Richa ao solicitar a soltura. "Sempre que um preso
 temporariamente entendesse que sua prisão foi uma condução 
coercitiva disfarçada, iria provocar o Relator da ADPF 444 [Gilmar
 Mendes] a revisar o decreto prisional”, ponderou Dodge.
"Em outras palavras, caso a decisão agravada não seja revertida, 
o Relator da ADPF 444 será, doravante, o revisor direto e universal 
de todas as prisões temporárias do país", manifestou-se a 
procuradora-geral.
A defesa de Beto Richa afirmou que não vai se manifestar sobre
 o recurso da PGR.

MP estadual também recorre

O Ministério Público do Paraná também recorreu da decisão Gilmar
 Mendes nesta terça-feira. O recurso de retratação do ministro e 
reforma da decisão para que a prisão preventiva de Richa, decre-
tada em primeiro grau, seja restabelecida imediatamente.
Caso Gilmar não faça a retratação, o MP-PR pede que o recurso 
seja submetido a Plenário, para que seja anulada a decisão de 
Gilmar.
"Claramente, [Gilmar Mendes] fez um juízo antecipado e 
depreciativo da atuação estatal que culminou na decisão que,
 posteriormente, acabou por pessoalmente revogar. Pior: explicitou
 seu pré-conceito e este foi aproveitado por quem nele tinha 
interesse", justificou o MP no recurso.  

Operação Rádio Patrulha

A operação do Gaeco que levou Richa à prisão, batizada de 
"Rádio Patrulha', é sobre o programa do governo estadual 
Patrulha do Campo, que faz a manutenção das estradas rurais.
De acordo com o MP-PR, apura-se o pagamento de propina 
a agentes públicos, direcionamento de licitações de empresas,
 lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça.
criminosa que fraudou uma licitação de mais de R$ 70 milhões
 para manutenção de estradas rurais, em 2011.
A investigação aponta que o esquema criminoso funcionava 
a partir do aluguel de máquinas da iniciativa privada.
Os promotores afirmam que o acordo com empresários 
beneficiados pela licitação previa o pagamento de 8% a 
agentes públicos, a título de propina, sobre o faturamento bruto.
Fernanda Richa, mulher de Beto, participava da lavagem de 
dinheiro desviado no esquema, de acordo com o MP-PR.G1

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