Três pessoas ainda não foram localizadas pelos agentes da Polícia Federal (PF) que cumprem, desde o início da manhã desta quarta-feira (26), três mandados de prisão preventiva e 16 de prisão temporária no Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo. Também está sendo procurado na 55ª fase da operação Lava Jato, nominada Integração II, o empresário Luiz Abi Antoun, primo do ex-governador e candidato ao Senado Federal, Beto Richa (PSDB).
O apartamento de Abi Antoun foi um dos alvos de busca e apreensão em Londrina. Ainda na cidade, os policiais também cumpriram mandados no apartamento de um engenheiro, que não teve o nome revelado, e na sede da concessionária Triunfo Econorte, no jardim Alpes, na zona norte da cidade. O foco nesta fase são envolvidos em esquema de corrupção na concessão de rodovias federais do Paraná.
Abi Antoun é apontado como responsável pelo repasse de propina
O empresário teve a prisão temporária decretada, ou seja, com prazo de cinco dias. Ele porém não foi preso pois, de acordo com seu advogado, Anderson Mariano, está em viagem ao Líbano, com autorização da 3ª Vara Criminal. Segundo os investigadores, Abi Antoun, era o responsável pelo repasse de parte da propina a Richa.
O empresário teve a prisão temporária decretada, ou seja, com prazo de cinco dias. Ele porém não foi preso pois, de acordo com seu advogado, Anderson Mariano, está em viagem ao Líbano, com autorização da 3ª Vara Criminal. Segundo os investigadores, Abi Antoun, era o responsável pelo repasse de parte da propina a Richa.
O esquema foi denunciado pelo ex-diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER), Nelson Leal Júnior, em delação premiada. Leal Júnior foi preso em fevereiro deste ano na primeira fase da Integração, que focou em contratos da concessionária Econorte com o DER, e firmou acordo de colaboração com a Justiça. Na delação, o ex-diretor do DER contou ter se encontrado com Richa em 2014 para tratar de reclamações de que o operador financeiro não estaria repassando os valores para Abi.
Ainda de acordo com Leal Júnior, o esquema de pagamento de propina em troca da “boa vontade” de órgãos locais com as demandas das concessionárias que compõem o chamado Anel da Integração passou por três governos distintos do Estado – Jaime Lerner, Roberto Requião e Beto Richa –, seguindo até janeiro deste ano.
“O ex-governador (Beto Richa) seria um dos beneficiários finais do esquema por meio de Luiz Abi. Em relação a outros governos, deve ser aprofundada a investigação para saber a extensão da consciência dos outros ex-governadores, mas até onde a gente sabe, esses esquemas se estendem da área técnica à esfera política”, disse o procurador Diogo Castor de Mattos, da Lava Jato.
Pepe RichaOutro já preso temporariamente é Pepe Richa, irmão de Beto e secretário de Infra-Estrutura e Logística em seus dois mandatos. Uma das acusações que recaem sobre Pepe é o uso de dinheiro ilegal na compra de um terreno em Balneário Camboriú (SC), por R$ 500 mil em espécie, no período de vigência do esquema de irregularidades.
Os presos já estão a caminho de Curitiba onde serão encaminhados à Superintendência da Polícia Federal e responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, fraude a licitações, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Com Agência Brasil
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