O juiz Fernando Fischer mandou nesta segunda-feira (17)
o delator Tony Garcia e o Ministério Público Estadual (MP-PR)
entregarem todos os equipamentos usados para captar
áudios usados na instrução da Operação Rádio Patrulha,
do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele é suspeito de participar de um esquema de propina em
licitações para a recuperação de estradas rurais do estado, mas
nega participação nos crimes. O pedido para o recolhimento
dos equipamentos foi feito pela defesa de Pepe Richa, irmão
do ex-governador, também preso na operação. Os advogados
querem que uma perícia seja feita imediatamente para que se
Richa pede propina. O juiz, no entanto, disse considerar que
ainda não é o momento de fazer a perícia, que deve ser realizada
no processo criminal, e não na atual fase de investigação.
"(....) até por se tratar de uma fase investigatória, não há nos
autos qualquer impugnação da defesa quanto à autoria dos
diálogos, à correição das datas apresentadas, ou qualquer
ponto que torne a questão controversa de modo a justificar o
deferimento da produção probatória antecipada", justificou
Fischer. Tony e o MP têm 24 horas para apresentarem os
gravadores, conforme a determinação judicial.
Rádio Patrulha
A investigação do Gaeco é sobre o programa do governo
estadual Patrulha do Campo, que faz a manutenção das estradas
rurais. Além de Beto Richa, outras 14 pessoas foram presas.
De acordo com o MP-PR, apura-se o pagamento de propina
a agentes públicos, direcionamento de licitações de empresas,
lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça. Beto Richa é
fraudou uma licitação de mais de R$ 70 milhões para manutenção
de estradas rurais, em 2011. A investigação aponta que o
esquema criminoso funcionava a partir do aluguel de máquinas
da iniciativa privada. Os promotores afirmam que o acordo
com empresários beneficiados pela licitação previa o pagamento
de 8% a agentes públicos, a título de propina, sobre o faturamento
bruto. Fernanda Richa, mulher de Beto, participava da lavagem
de dinheiro desviado no esquema, de acordo com o MP-PR. A
lavagem de dinheiro, conforme os promotores, era feita por meio
da compra e venda de imóveis. Fernanda Richa é sócia de
diversas empresas do ramo imobiliário que teriam sido usadas
para o crime, ainda conforme a investigação. G1
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