A hepatite B é um dos graves problemas de saúde pública no mundo todo. Calcula-se que 5% da população mundial é portadora dessa doença, transmitida pelo vírus VHB, que ataca o fígado humano, provocando a inflamação e dilatação do órgão, bem como afetando suas funções.
Exames laboratoriais são exames realizados em laboratório com o objetivo de detectar alguma doença. De grande importância para a manutenção da saúde, eles auxiliam a fazer o diagnóstico médico. Além da situação em que se apresentam sintomas específicos, deve-se fazer exames laboratoriais periodicamente como prevenção.
Entre os diversos exames laboratoriais que devem ser feitos periodicamente está o exame de hepatite B. O diagnóstico de qualquer das formas da hepatite B é feito através de técnicas sorológicas, fundamentais também no acompanhamento da infecção e para administração de medicamentos adequados no combate à doença.
TRANSMISSÃO E GRUPOS DE RISCO
A infecção por hepatite B pode ser transmitida pelo contato com o sangue, sêmen, fluidos vaginais e outros fluídos corporais da pessoa infectada ou através de objetos compartilhados, tais como agulhas, escovas de dentes, lâminas de barbear e cortadores de unhas. O vírus da hepatite B também pode ser transmitido ao bebê pela mãe durante o parto, caso ela esteja infectada.
A hepatite pode se tornar uma doença crônica. Existem pessoas portadoras de hepatite B crônica que não apresentam sintomas. Mesmo nessa condição, elas são possíveis transmissoras da doença, por isso a importância dos exames.
Os grupos populacionais de risco de aquisição do vírus VHB são: profissionais de saúde em geral, homossexuais masculinos, portadores de hemofilia, toxicômanos (pelo compatilhamento de agulhas), deficientes mentais e imunossuprimidos. A infecção também costuma apresentar-se em pessoas da família de portadores crônicos e em tribos indígenas da região amazônica.
EXAME
Os exames que devem ser realizados através de amostras de sangue e urina, são os seguintes:
TGO e TGP – exame que analisa se o fígado está realizando suas funções adequadamente;
Gama – GT – fosfatase alcalina.
Índices de uréia / Creatinina – para pacientes com mais de 40 anos
Urina (EAS) – em mulheres e crianças
Amilase - em pacientes alcoólicos ou ex-acoólicos
Bilirrubinas
Glicose
As seguintes análises são feitas para ajudar a diagnosticar e monitorar pessoas com hepatite B:
Anticorpo para o HBsAg (antiHBs): resultado positivo não significa necessariamente que a pessoa é portadora da doença naquele momento. Quem já teve a doença ou vacinou-se pode apresentar este anticorpo no sangue.
Anticorpos para antígeno core da hepatite B (Anti-HBc): estes anticorpos podem ser encontradas no plasma de pessoas que já tiveram a doença.
Antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg) : este resultado indica uma infecção ativa no momento.
Antígeno de superfície da hepatite E (HBeAg): aqui o resultado positivo indica que existe infecção por Hepatite B. Nesse caso, há o risco de a pessoa ser um transmissor da doença.
MEDIDAS PARA A COLHEITA DE AMOSTRAS
Para o diagnóstico de todos os tipos de hepatite, inclusive a hepatite B, alguns cuidados e providências devem ser tomados na hora de coletar as amostras de sangue, tais como:
Quantidade: deverá ser coletado quantidade de sangue suficiente da qual se possa obter 0,5 ml de plasma (EDTA) para cada espécie de vírus que se quer investigar.
Jejum: o paciente deverá guardar jejum de 8 horas.
Conservação: o material coletado pode ser conservado até 15 dias, numa temperatura entre 1 e 8° C.
Um alerta importante é que amostras coletadas de pesssoas que estão sendo tratadas com heparina podem coagular parcialmente e há casos em que apresentam resultados equivocados, devido à fibrina. Para evitar este fenômeno, é importante fazer a colheita do material antes que seja ministrada a heparina.
O QUE SERÁ PESQUISADO?
Hepatite aguda tipo B: o diagnóstico etiológico está baseado na detecção sorológica do HBsAg, anti-HBc IgM, HBeAg/Anti-HBe.
Como interpretar o resultado?
Negativo: sendo expresso o valor de referência para qualquer um dos itens acima citado, negativo é indicação que não há hepatite B.
Positivo: quando o valor expresso de referência é indicado como positivo, deve ser analisado pelos médicos.
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