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terça-feira, 15 de novembro de 2016

EX. REITORA DA U.E.L MAIS SEU EX.VICE FORAM CONDENADOS POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

O juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública, Emil Tomás Gonçalves, condenou o ex-reitora da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Lygia Puppato e seu então vice-reitor Eduardo di Mauro por improbidade administrativa ao fazerem publicar relatório de gestão que configurou promoção pessoal. As investigações começaram a ser feitas pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público em 2006, último dos quatro anos da gestão da dupla à frente da UEL. 
A sentença foi proferida na sexta-feira passada (11) e também condena por improbidade Isaac Antonio Camargo, então titular coordenadoria de Comunicação da UEL. Os três são professores da UEL, sendo que Lygia, que já foi secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e Camargo estão aposentados. Cabe recurso ao Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná. 
Na decisão, o juiz entendeu que os docentes devem devolver à UEL o dinheiro gasto com o livro-relatório e todas as despesas dele resultantes, como envio à comunidades externa. Intitulado "UEL - Tempo de luz/2002-2006", o livro teve tiragem de mil exemplares ao custo de R$ 10,9 mil, sendo R$ 3,5 mil para o jornalista que redigiu e revisou o documentos; R$ 1,5 mil para a pessoa que o diagramou; e R$ 5,9 mil para a gráfica que imprimiu as cópias. 
As contratações foram feitas sem licitação – adotou-se a modalidade de dispensa em razão da pressa, já que o mandato estava no final. As cópias foram enviadas "a entidades e pessoas que em nada se relacionam com os fins da universidade, como sindicatos, deputados estaduais, vereadores, candidatos a cargos políticos". 
Tal situação, amplamente divulgada pela imprensa do Paraná à época da investigação, também chegou a ser apurada internamente pela UEL, em comissão de sindicância, que também apontou o uso do material custeado com dinheiro público para promoção pessoal dos ex-reitores. 
"No caso, portanto, foi comprovado um ‘feixe de indícios convergentes’ que autorizam chegar à convicção da prática dos atos de improbidade imputados aos réus (Di Mauro, Camargo e Lygia)", escreveu o magistrado, acrescentando que tais condutas causaram enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário e violação dos princípios da administração pública. 
Ontem, a reportagem não conseguiu contato com os docentes. Em suas defesas no processo, negam qualquer ilegalidade e intenção de promoção pessoal com o livro.  fonte: folha de londrina.

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