Os sindicatos que representam os policiais civis aguardavam, até o final
da tarde desta segunda-feira (31), uma notificação sobre a decisão do
Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) que considerou ilegal a
paralisação da categoria. Além da reposição salarial prevista para
janeiro, os sindicatos reivindicam melhores condições de trabalho e
revisão no estatuto da categoria.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Londrina
(Sindipol), Michel Franco, destacou que a categoria deve recorrer da
decisão. "Já nos reunimos com o escritório de advocacia do sindicato
para analisar as estratégias e apresentar o recurso. Precisamos ainda
tomar ciência dos argumentos", afirmou. Na última quinta-feira (27), o
TJ-PR determinou a suspensão da greve e o retorno às atividades em até
24 horas. Caso contrário, poderá ser aplicada multa diária de R$ 50 mil e
os servidores poderão ter os dias parados descontados. Conforme Franco,
os servidores esperam uma reunião com o governo do Estado ainda para
esta semana.
Antes mesmo do início da paralisação, a categoria reclamava de
coletes balísticos vencidos que não haviam sido substituídos. Na última
semana, apenas parte deles foi entregue. "Estávamos com uma defasagem de
80% [de novos coletes] e agora caiu para 70%. Entregaram poucos e
priorizaram cidades maiores. Não tinha nem listagem por nome. Quem
chegou primeiro levou. Esse é o retrato da segurança pública do Estado",
lamentou o presidente do Sindipol. A categoria iniciou a greve no dia
17 de outubro.
Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança
Pública e Administração Penitenciária (Sesp) informou que os "todos os
coletes vencidos foram repostos na cidade". "Novos lotes de coletes
devem chegar nos próximos dias para serem distribuídos a todas as
regiões do Estado – eles fazem parte de um total de 8 mil coletes que
foram comprados por processo licitatório", finalizou a assessoria. bonde.com
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