Depois de uma onda de assaltos que assustou moradores de Curitiba e Região Metropolitana, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-PR) lançou o projeto para locação de pelo menos 200 viaturas para a Polícia Militar. A iniciativa foi vista como rentável pelo lado financeiro e de impacto imediato no que diz respeito ao reforço no policiamento. Conforme a Sesp, o custo ficou 45% abaixo do previsto inicialmente no processo licitatório. O aluguel de cada veículo permaneceu em torno de R$ 3 mil.
Sete meses após o anúncio, ainda não há previsão de que o reforço seja estendido para o resto do Estado, principalmente as cidades onde a criminalidade aumentou nos últimos meses. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Sesp despachou nota informando que "a implantação de locação de viaturas para o interior do Paraná ainda está sendo estudada", sem repassar a previsão de uma data para que isto aconteça. Um balanço dos resultados obtidos até o momento em Curitiba e municípios vizinhos deve ser divulgado nos próximos dias.
O presidente da Associação de Praças da PM no Estado do Paraná (APRA), Orélio Fontana Neto, criticou a demora do governo em priorizar a segurança pública em outros municípios paranaenses. "A polícia enfrenta um grave problema de viaturas paradas por conta de problema de manutenção. Hoje em dia é a própria população que precisa custear os veículos usados para patrulhamento e até comprar armamentos para a corporação", disse.
Foi o que aconteceu com moradores do jardim Santa Mônica, na zona norte de Londrina. Eles chegaram a pagar o conserto de uma viatura da 4ª Companhia Independente para garantir, na medida do possível, mais estrutura para que a PM patrulhasse o bairro. No início de novembro, uma passeata foi realizada pelas principais ruas e avenidas da região para protestar contra a falta de segurança.
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