As equipes de resgate conseguiram localizar no final da tarde da terça-feira (28) o corpo da 15ª vítima dos deslizamentos de terra que ocorreram em Salvador no final da madrugada da segunda-feira, 27. A jovem, de 14 anos, identificada como Cássia Souza, era a última pessoa desaparecida. Magnólia Paim, de 44 anos, e Maria José, de 75 anos, mãe e avó da garota, também morreram soterradas. A partir de agora, o Corpo de Bombeiros acredita ser remota a existência de mais vítimas.
No início da tarde, os bombeiros haviam localizado o corpo da 14ª vítima, na comunidade do Barro Branco, na Avenida San Martin, em Salvador. A mulher, de 59 anos, cujo nome não foi divulgado, era mãe de Sivaldo Filho, que completaria 39 anos e também morreu. O corpo dele foi encontrado pela manhã. Os dois estavam em uma casa que foi destruída em um deslizamento.
Com essas três vítimas, já são 11 os mortos na região do Barro Branco e 4 na comunidade de Marotinho, no bairro do Bom Juá - as duas localidades mais atingidas pelos deslizamentos de terra.
Pela manhã, o sol apareceu timidamente e logo a chuva voltou, mas sem muita intensidade. Durante à tarde, as precipitações deram uma trégua, embora a previsão do tempo, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), seja de chuva no decorrer da semana.
De acordo com a prefeitura de Salvador, há 502 pessoas desabrigadas. Elas estão sendo remanejadas para abrigos municipais. As casas localizadas no alto da encosta que desabou estão condenadas.
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), decretou estado de emergência em dez pontos da cidade e a prefeitura está removendo as famílias dessas localidades. Algumas famílias resistem em deixar o local, mas estão sendo convencidas, por técnicos da Defesa Civil, a abandonar o imóvel. Ao todo, segundo a prefeitura, existem 600 áreas de riso por toda a capital baiana.
No bairro de São Caetano, na periferia de Salvador, um prédio de cinco andares desabou, na madrugada. Em Plataforma, também região periférica, outras dez casas ruíram em consequência de deslizamento de terra. Segundo o Corpo de Bombeiros, não houve vítimas em nenhum dos casos, porque os moradores conseguiram sair antes que os imóveis viessem abaixo.
Pela manhã, o governador Rui Costa, ACM Neto e o ministro da Integração, Gilberto Occhi, fizeram um sobrevoo técnico nas áreas mais fortemente atingidas pela chuva. Pouco depois, o ministro afirmou que o governo federal ajudará na reconstrução das casas atingidas. Informou também que, com base no decreto de situação de emergência por parte da prefeitura, acionará o Ministério do Trabalho e a Caixa Econômica Federal para cadastrar as vítimas, para que possam resgatar parte do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), num limite de até R$ 6,3 mil.
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