Em nota oficial, publicada na Agência Estadual de Notícias no sábado (25), o governo do Paraná confirmou que vai descontar os dias parados dos professores e funcionários de escolas estaduais que aderirem à greve a partir desta segunda-feira (27). Na nota, o governo “lamenta a decisão” da assembleia dos professores e afirma que “todos os itens acordados em março com a categoria estão sendo cumpridos”.
Considerado o estopim da retomada da paralisação, o projeto de lei que altera a Paranaprevidência foi, segundo a nota, “amplamente debatido durante 50 dias”. O texto garante que o projeto “não altera em nada o pagamento dos proventos de aposentados e pensionistas do estado”, e praticamente fecha o caminho das negociações ao afirmar que “não há mais nada que possa ser dito contra a intenção do governo estadual de proteger o sistema previdenciário e equilibrar o caixa do Tesouro Estadual”.
A Procuradoria Geral do Estado já entrou com medidas judiciais para “decretar a greve ilegal e abusiva”.
Para Hermes Silva Leão, presidente da APP-Sindicato, a postura do governo do estado contradiz o discurso oficial. “O [governador Beto] Richa [PSDB] fala muito em diálogo e respeito. O que estamos vendo são medidas claras de intimidação para impor um estado de medo aos professores. Até mesmo a PM, que deveria dar segurança para todos os paranaenses, está escalada para garantir a repressão”, disse. JL.
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