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terça-feira, 24 de março de 2015

MERCADÃO EM LONDRINA ERA O PONTO DE ENCONTRO DO ESQUEMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL EM LONDRINA


A promotora Suzana de Lacerda, da 6.ª Vara Criminal de Londrina, concluiu mais duas denúncias entre segunda (23) e esta terça-feira (24) relacionadas ao esquema de exploração sexual de adolescentes descoberto em Londrina no dia 13 de janeiro, quando o auditor da Receita Estadual Luiz Antônio de Souza foi preso em um conhecido motel da cidade na companhia de uma adolescente de 15 anos. 

Conforme a promotora, os suspeitos denunciados se encontravam com as meninas exploradas nas imediações e também no interior do mercadão do jardim Shangri-lá, na zona oeste. "Era um dos diversos meios encontrados pelos acusados para marcar e executar os programas", destacou Suzana em entrevista ao Bonde

Ela também garantiu que apesar de ser ponto de encontro, o mercadão não revelou ao Ministério Público (MP) novas informações ou suspeitos da rede de exploração sexual. "Nenhum comerciante do mercadão tem ou teve qualquer tipo de vínculo com o esquema investigado. Os encontros aconteciam lá por conta de o local ser bem movimentado e público, onde as conversas entre os homens e as meninas poderiam passar despercebidas", explicou. 

A promotora lembrou, ainda, que os suspeitos e as aliciadoras também conversavam e combinavam programas com as adolescentes por meio de mensagens de celular, ligações telefônicas e até em um grupo fechado do Facebook. "Não tinha um formato único. Vale lembrar também que o esquema é antigo, em que os primeiros casos foram registrados em 2002, e, por isso, precisou se reinventar ao longo dos anos", argumentou. 

De acordo com as investigações, mais de 35 adolescentes com idades entre 13 e 17 anos foram vítimas da rede de exploração sexual. Muitas delas, de acordo com a promotora, já deixaram a prostituição há muitos anos e, atualmente, estão casadas e têm filhos. "Algumas delas, inclusive, perderam os seus parceiros após colaborarem com as investigações", acrescentou Suzana. 

Denúncias 

A denúncia apresentada na segunda-feira tem, como réus, o auditor fiscal Orlando Aranda e Íris Matos Moreira, empresário de um motel, além das aliciadoras Rafaela Gomes, Sandra Soares Marques e Eliane Ribeiro. Os cinco foram denunciados por exploração sexual e também estupro de vulnerável, já que os homens teriam mantido relações sexuais com meninas de 13 anos. De acordo com a promotora, Aranda é suspeito de manter relações com duas adolescentes e Moreira com outras cinco. "Também acrescentei novos fatos em uma das denúncias em que o Luiz Antônio de Souza é réu", observou Suzana. 


Celso Pacheco/Equipe Folha
Celso Pacheco/Equipe Folha - Orlando Aranda foi preso pelo Gaeco no dia 3 de março
Orlando Aranda foi preso pelo Gaeco no dia 3 de março


Já nesta terça-feira, a promotora apresentou denúncia, também por exploração sexual e estupro de vulnerável, contra o ex-vereador Alvair Avelino de Souza, suspeito de manter relações sexuais com seis adolescentes na cidade. 

Saulo Ohara/Equipe Folha
Saulo Ohara/Equipe Folha - Moreira e Souza foram detidos no início deste mês por participação no esquema
Moreira e Souza foram detidos no início deste mês por participação no esquema


De acordo com Suzana, o números de vítimas e suspeitos é "absurdo" e não para de aumentar. bonde.com

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