Na mesma entrevista, o governador citou que na época da negociação o valor devido era de cerca de R$ 5 bilhões. No entanto, informou Richa, o governo já pagou R$ 10 bilhões e os débitos ainda somam R$ 10 bilhões. "Pedimos ao governo que informe a atual situação, para conhecimento público e análise. Queremos saber o impacto dos pagamentos nas finanças estaduais", argumentou o deputado. Sandro Nascimento/Alep
Em 1999, quando o então governador Jaime Lerner fez a negociação, o Paraná assumiu dívida de R$ 5,2 bilhões. Até maio de 2013, haviam sido pagos R$ 10,8 bilhões e o governo do Estado Paraná ainda devia R$ 9,2 bilhões. Ou seja, a soma dos pagamentos mais o saldo a vencer chegava a R$ 20 bilhões. Com o agravante de que o parcelamento só termina em 2028 – daqui a 13 anos.
Segundo a Secretaria de Fazenda, em 2013 o Paraná pagava mensalmente R$ 79,6 milhões. Multiplicando esse valor por 12 meses, no período de um ano o governo desembolsava R$ 995 milhões. "Estão tirando dinheiro da saúde, educação e infraestrutura para cobrir rombos de má gestão e falcatruas no Banestado. É inaceitável", ressaltou Tercilio Turini.
O deputado propõe a junção de esforços dos paranaenses para reivindicar à União o perdão da dívida do Banestado, com o compromisso de direcionar os recursos atualmente pagos a investimentos em obras. "O Estado enfrenta uma crise financeira, não tem recursos para investimentos, e ainda precisa arcar com essa herança maldita. Temos de unir as forças políticas, econômicas e comunitárias para pressionar o governo federal. É muito dinheiro que está indo embora, que poderia ficar aqui para atender a população", afirmou Turini.
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