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quarta-feira, 25 de março de 2015

LUIZ ABI TINHA INFLUÊNCIA NA RECEITA ESTADUAL

O empresário Luiz Abi Antoun, “primo” do governador Beto Richa (PSDB), teria influência no governo do Estado e responsabilidade política no esquema de propina organizado por fiscais e auditores da Delegacia da Receita Estadual em Londrina. É o que apontam as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Abi teria influência na Receita Estadual a ponto de indicar nomes para ocupar cargos no órgão. A informação é corroborada por Marcelo “Tchello” Caramori, o ex-assessor da Casa Civil preso em janeiro sob suspeita de envolvimento num esquema de favorecimento à prostituição de adolescentes. O “primo” de Beto Richa também teria interferência em fiscalizações feitas pela Receita e faria negociações com empresas devedoras de tributos ao Estado.
Caramori afirmou, em depoimento prestado ao Ministério Público, que Abi tem fundamental importância na estrutura política do Estado e ressaltou que o grau de influência exercido pelo “primo” de Richa no governo do Paraná é de conhecimento público. O ex-assessor também explicou ao MP o episódio em que Abi foi apagado digitalmente de uma foto publicada pela Agência Estadual de Notícias na qual ele aparecia no gabinete do governador. A remoção de Abi da foto ocorreu em razão da preocupação que ele tem de não aparecer em imagens nem se expor publicamente, disse Caramori.
Luiz Abi Antoun ficou preso por uma semana. Na última segunda-feira, o desembargador da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, Márcio José Tokars, concedeu habeas corpus a ele, revogando o mandado de prisão preventiva. No seu despacho, Tokars alega que o Ministério Público não conseguiu comprovar a influência de Abi no governo Richa. Reportagem publicada na segunda-feira pelo JL e pela Gazeta do Povo mostra que Abi contribuiu com R$ 100 mil para a campanha de Richa à reeleição, no ano passado.
Propina
O esquema dos fiscais, acusados de usar uma “tabela” da propina e um “portfólio” da corrupção, é objeto da Operação Publicano, deflagrada na semana passada pelo Gaeco, com o cumprimento de 19 mandados de prisão.

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