Cinco pessoas presas durante a operação Publicano, movida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na semana passada, ganharam a liberdade após um acordo de colaboração nas investigações de pagamento de propina a agentes da Receita Estadual.
Um contador, dois empresários do ramo de moda e dois funcionários de uma distribuidora de combustíveis deixaram a prisão por se comprometerem a contar o que sabem ao Gaeco. A decisão foi tomada na semana passada e confirmada nesta segunda-feira (23) pelo promotor Cláudio Esteves.
A operação Publicano investiga uma rede de propina envolvendo fiscais e funcionários da Receita Estadual de Londrina e alto escalão do órgão em Curitiba, suspeitos por enriquecimento ilícito. Segundo as apurações, empresários confessaram pagamentos de até R$ 200 mil em subornos para bloquear cobranças milionárias em impostos estaduais, como o ICMS.
Ao todo, estão envolvidos 11 funcionários e fiscais da Receita Estadual de Londrina; inspetor geral da Receita Estadual em Curitiba e ex-delegado do órgão em Londrina, Márcio de Albuquerque Lima, co-piloto de equipe de corrida do governador Beto Richa; e ainda empresários, contadores, um policial civil e testas de ferro do esquema.
Operação Voldemort
Já em outra operação do Gaeco, a Voldemort – que investiga suspeitas de tráfico de influência, superfaturamento e fraude em contrato emergencial de R$ 1,5 milhão para manutenção de carros de órgãos públicos do governo do Estado em Londrina e região –, um dos suspeitos conseguiu um habeas corpus no Tribunal de Justiça do Paraná.
O documento anulou a prisão temporária do advogado José Carlos Lucca, detido sob a suspeita de integrar o esquema. Porém, contra ele há também um mandado de prisão temporária por tempo indeterminado, o que deve manter o advogado preso na sala especial do Corpo de Bombeiros. No local também está preso Luis Abi Antoun, primo do governador Beto Richa (PSDB).
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