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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

FOTÓGRAFO E EX. ASSESSOR MARCELO CARAMORI ACEITOU COLABORAR COM MP E INDIOCOU OUTRAS PESSOAS NO ESQUEMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL

O fotógrafo e ex-assessor Marcelo “Tchello” Caramori aceitou colaborar com o Ministério Público na investigação em que foi indiciado por favorecer a exploração sexual de adolescentes com idades entre 14 e 17 anos.
Caramori foi libertado na terça-feira (10) da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL2). Após 10 dias preso, o ex-assessor do governo do Paraná assinou um acordo e obteve parecer positivo do Ministério Público para ser libertado. No entanto, segundo a promotoria, teve que aceitar algumas condições: “Ele assumiu a própria conduta e indicou outras pessoas, além de ter fornecido alguns elementos de prova interessantes”, explicou a promotora Suzana de Lacerda, da 6ª Vara Criminal.
“Vamos buscar essas pessoas e investigar”, resumiu, sem citar nomes ou mesmo o número de envolvidos. Como as apurações correm sob sigilo, a promotora não quis revelar se entre os citados há mais funcionários públicos ou políticos que podem ser investigados a partir das informações fornecidas pelo fotógrafo.
Caramori foi indiciado no mesmo inquérito em que o auditor da Receita Estadual, Luís Antônio de Souza, também preso na PEl 2 e já denunciado em processos criminais por exploração sexual de menores. Em janeiro, o auditor foi detido em um motel de Londrina com uma garota de 15 anos. A acusação é de que o funcionário público pagaria até R$ 2 mil pelos programas.
A promotoria espera, em breve, denunciar Caramori à Justiça Criminal por favorecimento à exploração sexual de adolescentes. Como preferiu ficar em silêncio, negando-se a prestar depoimento ao Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a confissão dele e a delação de outros nomes só deve ocorrer diante da Justiça Criminal. “Como todo acordo, cada parte tem que tem que cumprir aquilo com o que se comprometeu”, afirmou a promotora. Caso as informações sejam comprovadas, em troca, Tchello poderá obter benefícios como redução da pena, caso seja condenado.
A reportagem tentou contato com o criminalista Leonardo Vianna, defensor de Caramori, mas o celular dele estava desligado ou fora do ar. Na terça-feira (10), Vianna declarou que seu cliente “está à disposição da Justiça” e não cometeu “nenhum crime hediondo”. Na saída da PEL 2, quando libertado, Caramori deu uma rápida entrevista à RPCTV em tom enigmático: “"Quem nunca errou na vida? Quem não tem um cisco no olho?"

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