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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

APESAR DA CRISE COOPERATIVAS CRESCEM 10% NO PARANÁ

Enquanto vários setores da economia amargam uma crise, com ameaça de recessão, o agronegócio brasileiro vai muito bem. O exemplo são as cooperativas agrícolas paranaenses que, nos últimos cinco anos, dobraram o faturamento, segundo dados da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Ontem, foi a vez da Cooperativa Integrada realizar sua assembleia geral e anunciar oficialmente aos associados o faturamento de R$ 1,9 bilhão registrado em 2014, o que representou um crescimento de 10% em relação ao ano anterior.
Segundo o presidente da Integrada, Jorge Hashimoto, o crescimento se deve principalmente à confiança dos cooperados e ao empenho dos colaboradores. “No ano de 2014, tivemos incremento de mais 400 novos associados. E mesmo com problemas climáticos, a Integrada recebeu um volume recorde de mais de 1,7 milhão de toneladas de todos os produtos - soja, milho, trigo e café.” A indústria de suco, que começou a operar no ano passado, também ajudou no crescimento da cooperativa. “Já processamos mais de 1,3 milhão de caixas de laranjas e isso já está incrementando nosso orçamento e levando a diversificação para nossos associados”, declarou o presidente da cooperativa.
Para este ano, Hashimoto acredita que será, “da porteira para dentro”, bom. “O nosso produtor está começando a colher e, pelo que temos informação, está indo razoavelmente. O mercado também mantém um patamar razoável, embora haja previsão de redução de preços”, analisou.
De modo geral, avalia ele, a economia nacional pode atrapalhar um pouco. “O câmbio está bom para o agricultor que produz para o mercado internacional, já que o dólar está alto. Mas a nossa preocupação é que os insumos também estão atrelados ao dólar e isso é motivo para ficarmos atentos.”
O cooperativismo do Paraná, segundo o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken, está cada vez mais forte. “Nos últimos cinco anos, nós dobramos de tamanho. Nós tínhamos R$ 25 bilhões de faturamento e, no ano passado, fechamos com R$ 50,8 bilhões. A tendência é continuar nesse percentual para frente.”
Esses bons resultados, segundo o superintendente, são decorrentes dos investimentos feitos principalmente na agroindústria. “Em 2014, foram feitos investimentos de cerca de R$ 13 bilhões em agroindústria. As cooperativas recebem hoje 60% da safra do Paraná e, com a agroindustrialização, a tendência é o cooperativismo se consolidar cada vez mais.” Hoje, afirmou Ricken, 48% do que é recebido pelas cooperativas já têm algum valor agregado. “O que é bom é que temos 52% para agregar, então temos um potencial muito grande para crescer”.Ricken fez questão de lembrar que a balança comercial brasileira apresentou um saldo negativo de US$ 4 bilhões enquanto o agronegócio teve um saldo positivo de US$ 80 bilhões. “A sobrevivência da economia brasileira, hoje, está baseada no que é investido no campo.”



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