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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

VEREADORA DE QUATIGUÁ DEVE ASSUMIR AINDA NESTA QUARTA FEIRA A PREFEITURA DO MUNICÍPIO JÁ DIZ QUE VAI MUDAR TODO PRIMEIRO ESCALÃO

Leila Salvi assumiu ontem a prefeitura de Quatiguá após o afastamento de Fernando Dolenz
Leila Salvi disse que Câmara de Vereadores já tinha verificado irregularidades; prefeito afastado começa a formular sua defesa para derrubar liminar

A vereadora Leila Salvi (PSB) deve assumir a prefeitura de Quatiguá. A nova prefeita, que foi notificada da decisão no final da tarde de ontem, 24, aguarda somente que o prefeito afastado Luiz Fernando Dolenz seja comunicado da decisão para que ela possa assumir oficialmente o executivo. Ainda ontem a vereadora anunciou que vai trocar todo o primeiro escalão da prefeitura nos próximos dias. Para que a vereadora assuma o cargo
Segundo ela, há diversas irregularidades na prefeitura e as pessoas que estão alojadas em cargos estratégicos da prefeitura não têm a sua confiança. Ela disse que nos próximos dias vai discutir com seu grupo político os nomes das pessoas que vão substituir secretários e chefes de departamentos do município.
Leila Salvi assume a prefeitura após o afastamento do prefeito Luiz Fernando Dolenz (PSDB), depois que a Justiça concedeu liminar a pedido do Ministério Público Estadual. Acusado de uma série de irregularidades o político foi denunciado junto com outras três pessoas que ocupam ou ocuparam cargos estratégicos em sua administração.
A vereador é a primeira na linha sucessória, já que preside a Câmara de Vereadores e a vice-prefeita Vilma Negrini (PSDB) renunciou ao cargo no final do ano passado. No seu lugar na mesa diretora da câmara assume o vice-presidente Pedro Soleto Belo (PMDB).
A prefeita em exercício disse que sua primeira medida à frente da prefeitura será analisar a situação financeira da prefeitura e tentar manter os serviços oferecidos à população. Para ela, o mais importante é atender a comunidade e não deixar a máquina administrativa parar.

Situação no Cisnorpi

Com o afastamento do prefeito Fernando Dolenz, a questão administrativa do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Norte Pioneiro (Cisnorpi) com sede em Jacarezinho, pode se complicar novamente, já que Dolenz ocupa a presidência do órgão, em substituição ao prefeito de Cambará, João Mattar Olivato, que renunciou ao cargo. Toda essa turbulência causou transtornos ao Consórcio que reúne 22 municípios da região e coordena, em parceria com o Estado, o Hospital Regional do Norte Pioneiro, sediado em Santo Antônio da Platina, e que vive uma de suas piores crises financeiras.
O diretor executivo do Cisnorpi, Esmael Carvalho disse que o departamento jurídico do consórcio está estudando o estatuto para ver quais as providências devem ser tomadas nesses casos. Ele também se reuniu com a diretora do Núcleo do Patrimônio Público, promotora Kelly Diogo Baena. “Eu e a assessoria jurídica do Cisnorpi procuramos a promotora para que ela nos orientasse sobre o problema, porque na realidade, o prefeito Fernando Dolenz foi afastado do cargo, mas não cassado e ele ainda está recorrendo da sentença. Então estávamos cheios de dúvidas quando a permanência dele na presidência do Consórcio”, disse concluindo que a promotora os orientou a esperar o resultado do recurso impetrado pelo prefeito Fernando Dolenz. “Vamos aguardar, mas caso ele não possa ser mantido na presidência do consórcio, há dois vice-presidentes: o prefeito de Ribeirão Claro Geraldo Maurício Araújo e o prefeito de Pinhalão Claudinei Benetti. Ainda temos outra opção, que é a de realizar a eleição para a presidência, que deveria ter ocorrido em dezembro, mas acabou sendo adiada”, explicou.

Outro lado

O prefeito afastado Fernando Dolenz foi procurado ontem diversas vezes, mas ele não atendeu as ligações e nem as retornou. Responsável por sua defesa, o advogado Nildo Lubke disse ontem, 24, por telefone que deve apresentar a defesa de Dolenz nos próximo dias no Tribunal de Justiça do Paraná. Segundo ele, na ação impetrada pelo Ministério Público não há provas que as irregularidades cometidas no Hospital São Vicente de Paula foram cometidas com a sua participação ou anuência do prefeito afastado. “Ele repassava os recursos para o hospital, que tinha autonomia para usá-los”. Lubke não quis comentar sobre as denúncias apontadas pelo MP de que a prefeitura teria feito compras de medicamentos de forma fraudulenta na farmácia que pertence à família de Fernando Dolenz.
O advogado tem 15 dias para apresentar a defesa de Dolenz no TJ. tansaite.com

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