"Sobrou parte do acervo dos invertebrados, o setor de vertebrados e botânica. Foram retiradas algumas cerâmicas, peças minerais e os meteoritos, talvez uns 10%", estimou Cristiana. "A gente estava preocupado com incêndios. Tivemos problemas de falta de verba e de burocracia."
Não havia porta anti-incêndio nem sprinklers. Os detectores de fumaça não funcionaram. A água nos hidrantes não era suficiente. Não havia seguro contra incêndio e o acervo também não estava segurado.
A fachada havia sido restaurada em 2007 com verba da Petrobras, mas a crise fez minguar recursos patrocinados nos últimos anos. "A culpa é de todos. A gente fica com muita raiva", declarou.
Cristiana relatou que ainda não tem informações sobre o fóssil de Luzia, o mais antigo das Américas. O crânio ficava numa caixa ainda não localizada. As múmias egípcias queimaram, assim como o setor de entomologia. O laboratório de paleontologia ficou intacto.
A vice-diretora não arriscou traçar o futuro do museu. Ela disse que é possível que sejam reproduzidas imagens que foram incendiadas com impressoras 3D. Verbas serão pleiteadas não só junto ao governo federal, mas também com empresas e no exterior.
Agência Estado
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