A Polícia Federal (PF) está concluindo a primeira fase da operação Efeito Dominó, que investiga a participação de um grupo de doleiros na lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas. No dia 15 de maio de 2018, a PF prendeu o doleiro Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como “Ceará”, delator da Lava Jato, além de outras sete pessoas envolvidas com a lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas.
Segundo a PF, Ceará atuava junto ao doleiro londrinense Alberto Youssef, Ele fez um termo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), mas descumpriu o acordo. No âmbito da Lava Jato, Ceará entregou políticos como Fernando Collor de Mello (PTC), Aécio Neves (PSDB), Renan Calheiros (MDB) e Randolfe Rodrigues (Rede). Coordenada pelo delegado Elvis Secco, a operação é o desdobramento da operação Spectrum.
Deflagrada em 2017, essa operação resultou na prisão de Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, um dos maiores traficantes da América do Sul. Ele foi preso em Sorriso, no Mato Grosso, onde vivia como empresário do agronegócio. De acordo com a PF, Cabeça Branca era procurado há 30 anos e passou por diversas cirurgias plásticas para mudar de aparência. Somente entre 2014 e 2017, o traficante teria negociado 27 toneladas de cocaína, equivalente a U$ 140 milhões de dólares.
O embrião dessa operação surgiu em 2003, com investigações sobre movimentações suspeitas por meio do antigo Banestado, o Banco do Estado do Paraná. Para a Polícia Federal, a operação tem a mesma dimensão ou pode ser até maior que a Lava Jato. Segundo o delegado da PF em Londrina, Elvis Secco, uma das linhas da investigação apura se houve repasse de dinheiro oriundo do tráfico de drogas a políticos brasileiros. Ele afirma que as somas movimentadas pelos doleiros envolvidos com o tráfico de drogas são as astronômicas e abrangem diversos países. Fonte:paiquere.com
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