O dólar opera em queda nesta quarta-feira (29), depois de fechar no menor valor em quase 1 ano na véspera, a R$ 3,3060. Investidores acompanham o bom humor nos mercados externos, em mais um dia marcado por ausência de interferência do Banco Central no câmbio, mesmo após o tombo recente da moeda.
Às 10h19, a moeda norte-americana caía 1,48%, a R$ 3,2654. O dólar atingiu R$ 3,2571 imediatamente após a abertura, na mínima dos negócios do dia, segundo a Reuters. Veja a cotação do dólar hoje. Acompanhe a cotação ao longo do dia
Às 9h09, queda de 1,29%, a R$ 3,2633
Às 9h40, queda de 1,13%, a R$ 3,256
Às 10h, queda de 1,23%, a R$ 3,2654
Às 9h40, queda de 1,13%, a R$ 3,256
Às 10h, queda de 1,23%, a R$ 3,2654
O dia é marcado por queda do dólar em relação a várias moedas de países emergentes, mas no Brasil o recuo é mais intenso por fatores internos, como explica Rafael Gonçalves, analista do departamento econômico da Gradual Investimentos.
"Hoje em especial o dólar cai forte contra o real, e o primeiro motivo é a sinalização do Ilan Goldfajn ontem de que o BC não está disposto a usar as ferramentas cambiais que a diretoria antiga vinha usando", disse em entrevista aoG1, referindo-se à ausência de interferência do BC no câmbio nos últimos dias. Entenda como funciona isso e veja o histórico aqui.
"Além disso, o mercado agora vai tentar descobrir qual o câmbio que o BC vislumbra como ideal. Então tem uma questão de teste para saber se o BC mostra alguma sinalização de que o câmbio está num patamar ajustado”, diz Gonçalves.
Outro motivo apontado pelo analista é a expectativa de que os juros no Brasil devem demorar mais que o esperado para voltar a cair. Com juros mais altos, o país se torna mais atraente para investidores, o que motiva uma entrada de dólares no Brasil. Com mais dólares em circulação, o valor da moeda tende a cair em relação ao real. “O mercado imaginava que os juros iriam cair por volta de agosto. Depois do discurso do Ilan ontem, a projeção passou para outubro ou novembro”, afirma Gonçalves.
"Além disso, o mercado agora vai tentar descobrir qual o câmbio que o BC vislumbra como ideal. Então tem uma questão de teste para saber se o BC mostra alguma sinalização de que o câmbio está num patamar ajustado”, diz Gonçalves.
Outro motivo apontado pelo analista é a expectativa de que os juros no Brasil devem demorar mais que o esperado para voltar a cair. Com juros mais altos, o país se torna mais atraente para investidores, o que motiva uma entrada de dólares no Brasil. Com mais dólares em circulação, o valor da moeda tende a cair em relação ao real. “O mercado imaginava que os juros iriam cair por volta de agosto. Depois do discurso do Ilan ontem, a projeção passou para outubro ou novembro”, afirma Gonçalves.
Cenário externo
Além da repercussão após as declarações de Ilan Goldfajn, o professor de finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA) Alexandre Cabral também aponta o cenário externo como fator que contribui para a queda do dólar nesta quarta.
“O Reino Unido tem até dois anos para sair da União Europeia, mas o mercado está interpretando que o país vai tentar acelerar relações bilaterais com os países antes de fazer o pedido formal de saída. Então, a saída pode demorar mais que o esperado”, pontuou em entrevista ao G1.
“Paralelo a isso, o Fed tem dado a entender que a notícia sobre o Reino Unido é ruim para a economia global e vai impactar a economia norte-americana. Então, a interpretação do mercado é de que os juros nos EUA não devem mudar tão cedo”, completou. A preocupação do mercado sobre os juros nos Estados Unidos é de que um aumento da taxa atrairia investidores para aquele país, motivando uma saída de dólares de outros países, como o Brasil.O dólar fechou em forte queda nesta terça-feira (28), cotado a R$ 3,30 pela primeira vez em quase um ano. A moeda norte-americana caiu 2,61%, a R$ 3,3060 na venda.
Além da repercussão após as declarações de Ilan Goldfajn, o professor de finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA) Alexandre Cabral também aponta o cenário externo como fator que contribui para a queda do dólar nesta quarta.
“O Reino Unido tem até dois anos para sair da União Europeia, mas o mercado está interpretando que o país vai tentar acelerar relações bilaterais com os países antes de fazer o pedido formal de saída. Então, a saída pode demorar mais que o esperado”, pontuou em entrevista ao G1.
“Paralelo a isso, o Fed tem dado a entender que a notícia sobre o Reino Unido é ruim para a economia global e vai impactar a economia norte-americana. Então, a interpretação do mercado é de que os juros nos EUA não devem mudar tão cedo”, completou. A preocupação do mercado sobre os juros nos Estados Unidos é de que um aumento da taxa atrairia investidores para aquele país, motivando uma saída de dólares de outros países, como o Brasil.O dólar fechou em forte queda nesta terça-feira (28), cotado a R$ 3,30 pela primeira vez em quase um ano. A moeda norte-americana caiu 2,61%, a R$ 3,3060 na venda.
A última vez que o dólar fechou abaixo de R$ 3,30 foi em 23 de julho de 2015.
O recuo da moeda dos Estados Unidos acompanhou a recuperação dos mercados pelo mundo, depois de dois dias de mau humor com a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia (UE). O mercado também reagiu a declarações do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e àperspectiva de que os juros não devem cair tão cedo no Brasil.
No mês de junho, o dólar acumula queda de 8,47%. No ano de 2016, a moeda tem desvalorização de 16,2%. G1
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