Pais da menina de 4 anos encontrada morta em um terreno baldio de Rolândia
(Região Metropolitana de Londrina) no início do mês, Edson Aparecido
Bergamaski, de 30 anos, e Thaís Dayane Cavalcante, de 23, foram
apresentados pela Polícia Civil de Rolândia, nesta quarta-feira (27),
como os principais suspeitos da morte da criança.
De acordo com o delegado-chefe da cidade, Walter Helmut Junior,
há diversos fatos e indícios que confirmam a autoria do crime, mas o
casal segue negando as acusações. "A história deles não fecha desde o
começo. As versões apresentadas pelo pai e pela mãe vêm se desgastando
desde as prisões, no interior de São Paulo, e a situação permanece a
mesma aqui em Rolândia", afirmou em coletiva realizada nesta tarde. Os
pais alegam que a filha morreu após tomar um remédio para dores
abdominais e cólicas.
Segundo Helmut, os depoimentos dos dois são divergentes em
pontos cruciais. "Por exemplo: ele afirma ter medicado a criança,
enquanto a mãe fala que foi ela quem medicou. Thaís diz que não sabia
que o corpo da criança havia sido abandonado no terreno, mas o pai
garante que a mulher tinha conhecimento dos fatos. Mesmo após a
localização do cadáver, eles permaneceram em Rolândia sem procurar
nenhuma autoridade policial ou médica. A atitude deles foi contrária ao
esperado: fugiram para Cabrália Paulista (SP) e, mesmo lá,
desconversavam quando parentes perguntavam pela menina. Diziam que ela
estava com um tio ou com a avó", explica o delegado. A mãe foi presa na Delegacia da cidade paulista na última sexta (22), enquanto o pai se apresentou à polícia no início dessa semana, em Bauru (SP).
Ainda de acordo com Helmut, a versão sobre a morte da menina por
causa da administração do medicamento só veio à tona na última
segunda-feira (25), em depoimento prestado pela avó.
Diante das inconsistências das versões, a Polícia Civil decretou
a prisão preventiva de ambos. Eles estão em uma cela separada na
Delegacia de Rolândia para evitar atrito com outros presos. A polícia
aguarda um laudo do Instituto Médico Legal (IML) para saber se a morte
da menina foi mesmo provocada pelo remédio ou por outra causa.
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