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sexta-feira, 3 de abril de 2020

PROFESSOR DA U.E.L ALERTA PARA FRAUDES NA INTERNET EM TEMPOS DE PANDEMIA


"São crimes [na internet] que estão sendo executados 
que se assemelham a coisas que são feitas normalmente,
explorar o medo e a ansiedade em relação à pandemia de
 Covid-19". O alerta é do professor Bruno Bogaz Zarpelão, 
professor do departamento de Computação da UEL 
(Universidade Estadual de Londrina), sobre os crimes na
 internet em tempos de isolamento social.    O professor 
realizou um levantamento sobre os ataques na internet nas
 últimas semanas e identificou alguns tipos que atingem dois 
públicos: quem atua em teletrabalho e os usuários em geral.

Sobre os trabalhadores em atuação domiciliar, Zarpelão afirma
 que os ataques simulam o ambiente da empresa. Na
 corporação, há sistemas de segurança (antivírus) que
 impedem esse tipo de fraude.

Um método comum para o teletrabalho é a ferramenta 
colaborativa na qual os funcionários de uma empresa ou 
setor estão conectados. O professor cita o Google Docs, 
Microsoft e o WhatsApp. Entre os ataques identificados estão correspondências eletrônicas (e-mails) que fingem ser de
 algum
 superior, solicitando ao funcionário acessar links e 
formulários. Ao fazer isso, o sistema faz o download de 
softwares maliciosos, sem o usuário perceber, que sequestram
 dados da máquina. "Esse é um tipo bem específico de 
ataque que está ocorrendo", explica. Geralmente, os ataques 
simulam a identidade visual da empresa.

O professor aconselha os trabalhadores em home office
 nunca usar redes públicas para acessar sistemas da 
empresa, porque a vulnerabilidade é grande. Para resolver
 problemas desse tipo, o professor lembra que a empresa 
deve dotar seus funcionários de equipamentos e sistemas, 
realizando treinamento.

Com a emergência causada pela pandemia mundial de
 Covid-19 e a disseminação do coronavírus, levando à 
quarentena, a maioria das empresas e trabalhadores não teve
 tempo para realizar esse processo.

Por isso, Zarpelão sugere que o trabalhador em home office
 melhore o desempenho de sua máquina com a ajuda de
 técnicos do setor de informática da empresa ou amigo 
especialista; não fazer download de arquivos ou softwares; 
não dividir senhas, não compartilhar equipamento em casa, principalmente, com crianças que podem baixar softwares 
suspeitos; e - sempre - confirmar nos grupos de trabalho se 
foram enviados links, sites e formulários, antes de abri-los.

Usuários

Já o tipo de ataque mais comum com os usuários em geral 
refere-se a oferecimento de cupons, descontos e outras 
vantagens, atraindo a atenção das pessoas. O professor cita casos envolvendo, recentemente, empresas como Netflix, Ifood e 
Ambev.

Nessa modalidade, os farsantes enviam links, formulários e -
 ao clicar - o usuário está suscetível a ter seus dados e contas sequestradas. O mesmo ocorre com a simulação de pedido de 
doação em nome de organismos internacionais como Unicef. 
Para evitar ser alvo desses golpes, é importante - segundo o 
professor - acessar os canais oficiais dessas instituições.

Outro tipo comum de golpe é o registro de sites com domínios
 que usam na sua composição expressões como corona, 
coronavírus, pandemia, Covid-19. Como explica o professor, 
muitos criminosos fazem o registro para se aproveitar de situações 
como a que se vive atualmente. A partir dos sites de busca, 
esses endereços são encontrados e ao acessar o usuário pode 
ficar vulnerável a golpes e instalação, sem saber, de softwares
 maliciosos em sua máquina. O ideal é procurar informações 
oficiais em sites conhecidos da imprensa e de órgãos governa-
mentais.   Zarpelão dá outras dicas para evitar esse
 tipo de golpe. Primeiro, sugere desconfiar 
sempre: "Não acredite na mensagem imedia-
tamente só porque veio de um perfil conhecido.
 Use outro canal para confirmar se a pessoa
 enviou mesmo aquela mensagem. Se você 
recebeu um link por e-mail". Outra dica é 
desconfiar de mensagens em que o remetente
 pede urgência, agilidade ou faça ameaças e 
indica um link. De acordo com ele, o ideal é 
não clicar nesse tipo de mensagem.
Agência UEL de Notícias

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