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quarta-feira, 29 de abril de 2020

MULHER MORRE BALEADA EM CONFUSÃO ENTRE CLIENTE E SEGURANÇA EM SUPERMERCADO

Uma confusão provocada pelo uso obrigatório de máscaras de proteção contra o novo coronavírus causou a morte de uma funcionária de um supermercado de Araucária, na região metropolitana de Curitiba, na tarde desta terça-feira (28).  Um cliente do supermercado tentava entrar no estabelecimento por volta das 15h30 sem usar o equipamento de proteção, mas foi impedido pelo segurança do local.

Segundo o diretor-geral de segurança do município, Antonio dos Santos de Souza, o funcionário acabou atirando contra o cliente após ambos entrarem em luta corporal na porta do estabelecimento.

O disparo acertou o cliente na região abdominal e também o pescoço de uma funcionária de 45 anos do supermercado, que não resistiu ao ferimento e morreu no local.   O cliente foi atendido por uma ambulância e precisou ser levado de helicóptero da Polícia Militar para um hospital de Curitiba. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dele. O segurança do supermercado foi levado à prisão, segundo Souza.

Procurada pela reportagem, a assessoria do estabelecimento disse, em nota, que lamenta o ocorrido e que está prestando apoio à família do cliente. A empresa afirma que está contribuindo com as investigações para que as autoridades esclareçam os fatos. A rede apontou ainda que, segundo informações coletadas pela guarda municipal de Araucária, o segurança tentou oferecer uma máscara da empresa, sem custo, para que o cliente pudesse fazer as compras. Mesmo assim, o funcionário teria sido agredido e, em meio à confusão, o cliente tentou pegar a arma do segurança.

Ainda segundo o supermercado, a fiscal da loja que foi atingida e acabou morrendo estava tentando apaziguar a situação e prestar os esclarecimentos sobre os decretos que determinam o uso do equipamento de proteção.   Em Araucária, o uso de máscaras de proteção para evitar a disseminação do novo coronavírus é obrigatório em repartições públicas e no comércio. Caso seja flagrado descumprindo a medida, o estabelecimento pode ter o alvará cancelado.
Katna Baran - Folhapress

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