Em entrevista coletiva em Brasília, o ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou, terça-feira (28), que o aumento de casos constitui uma tendência. Anteriormente, ele havia ponderado que seria preciso ver se os números expressam a atualização de casos anteriores ou se representavam um aumento de fato.
De acordo com o último levantamento do Ministério da Saúde, o Brasil chegou a 71.886 pessoas infectadas, 5.017 óbitos e 32.544 pacientes recuperados que deixaram de apresentar os sintomas da doença. A letalidade subiu para 7%, o maior índice desde o início da pandemia no País. As cidades mais afetadas pela pandemia estão vivendo já o colapso de seus sistemas de saúde. Em Manaus, Fortaleza e Rio de Janeiro há filas de espera por leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI). O cenário é preocupante em outros locais, como a região metropolitana do Recife e Belém.“A curva vem crescendo e há agravamento da situação. Isso continua restrito aos lugares que estão vivendo maiores dificuldades, como Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Entendendo que Brasil tem que ser tratado de forma diferente, mas nesses lugares com um quadro de piora vamos continuar acompanhando para ver como vai ser a evolução”.
Na terça, Teich se reuniu com governadores da região Norte. Nesta quarta-feira (29), com os governadores das regiões Sul e Nordeste. E na quinta (30), do Sudeste e do Centro-Oeste. Ele afirmou que o ministério está “trabalhando para dar apoio” a locais mais afetados, como por meio da aquisição de respiradores, equipamentos de proteção individual (EPI) e recursos humanos.
“É uma situação difícil. A gente sabe como está difícil obter recursos como respiradores. Este é talvez o grande problema. É um problema mundial. Concorremos com o mundo inteiro. Estamos buscando entender como está funcionando o Brasil. Essa centralização é fundamental para que a distribuição seja baseada na necessidade mais imediata de cada cidade”.
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