Os contratos entre governo e concessionárias de pedágio que operam
no Paraná não serão renovados, informou o Ministério dos Transportes.
As seis empresas que estão no estado desde 1997 devem devolver o
controle das rodovias federais em 2021, quando vencem os contratos
firmados no governo Jaime Lerner.
Na prática, as concessionárias têm mais três anos para administrar as
estradas federais que compõem o chamado "Anel de Integração" e,
portanto, para cobrar pedágio. Com o fim dos contratos, a responsa-
bilidade pelas estradas volta a ser só da União.
Em nota, o Ministério dos Transportes informou que já estuda a possi-
bilidade de criar um novo programa de concessões, contratado e
administrado pela União, mais atraente para todos os envolvidos -
em especial, para os usuários das rodovias.
Hoje, o estado tem uma das tarifas de pedágio mais caras do país.
A decisão foi anunciada poucos dias depois dos contratos de
concessão entrarem na mira da Operação Lava Jato.
Uma empresa investigada é a Econorte, responsável por um
trecho com pedágio no Paraná. De acordo com o Ministério Público
Federal (MPF), um esquema de corrupção permitia o superfaturamento
de obras e pagamento de propina para maquiar serviços não prestados.
Em nota, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou
que é contra a renovação dos atuais contratos de pedágio e que o
governo do estado já descartou a renovação.
Segundo o DER, a partir dos dias 26 e 27 de 2021 não haverá mais
cobrança de pedágio nas rodovias estaduais administradas pelas
concessionárias.
A Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias informou
que cabe aos governos estadual e federal a definição do destino das
concessões do Anel de Integração. G1
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