O delegado-chefe da 5ª DP de Brasília, Rogério Henrique
Oliveira, disse na tarde desta quarta-feira (21), que a
testemunha que estava com o ex-deputado Luciano
Pizzatto, do Paraná, em um quarto de hotel em Brasília,
durante a madrugada, tem 19 anos. Ela presenciou a
morte do ex-parlamentar, que completaria 61 anos na
sexta-feira (23).
Durante a entrevista coletiva, Oliveira falou que a parada
cardíaca que levou à morte de Pizzatto pode ter sido provocada
pelo uso de um estimulante sexual, como Viagra. Após a
publicação da reportagem, o delegado telefonou para o
G1 afirmando que "se tratava de uma brincadeira entre ele
e os repórteres".
Ainda segundo o delegado, a testemunha que estava com
o ex-deputado é natural de Goiânia, prestou depoimento,
mas não é considerada suspeita. Um laudo do IML sobre
as causas da morte deve estar concluído até a semana
que vem, disse Oliveira.
A polícia não trata o caso como crime, afirmou o delegado.
Mesmo assim, serão ouvidos os seguranças e funcionários
do hotel Nacional onde Pizzato estava hospedado, além da
equipe do Samu que socorreu o ex-deputado. Luciano
Pizzatto era secretário de representação do Paraná em
Brasília. Ele acompanhava a vice-governadora do estado
Cida Borghetti (PP), que cumpria agenda na capital federal.
A testemunha de 19 anos que estava com o ex-deputado
disse à polícia que ele tinha histórico de problemas cardíacos,
que sofria de diabetes e que teve um mal súbito logo depois
de deitar na cama. Ainda conforme a testemunha, Pizzatto
caiu da cama, bateu a cabeça na cômoda ao lado e cortou
a testa. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(Samu) foi chamado, tentou reanimá-lo, mas não conseguiu.
Luto oficial no Paraná
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) decretou,
na manhã desta quarta-feira, luto oficial de três dias pela
morte de Pizzatto. Ele também determinou que a Casa
Militar dê suporte para a liberação do corpo.
O velório do ex-deputado, conforme o governo do Paraná,
deve ser realizado a partir das 7h de quinta-feira (22),
depois dos trâmites para translado do corpo, na capela
do Palácio Iguaçu, em Curitiba. Ainda de acordo com o
governo, o corpo de Pizzato, conforme desejo dele,
será cremado.
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