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terça-feira, 17 de outubro de 2017

OPERAÇÃO POLICIAL NESTA MANHÃ DE TERÇA FEIRA PRENDE EX GERENTE4 BANCO DO BRASIL E MAIS OUTRAS PESSOAS

Um ex-gerente do Banco do Brasil foi preso pela Polícia Civil em 
uma operação que investiga um esquema de fraudes que desviou 
mais de R$ 10 milhões da instituição bancária, na manhã desta
 terça-feira (17).
A ação foi batizada de "Sangria" e cumpre 54 mandados judiciais 
em cidades do Paraná, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. 
O homem foi preso na casa dele, em Curitiba.
De acordo com as investigações, o ex-gerente trabalhou em uma 
agência que fica no Centro de Curitiba e contava com a ajuda de 
contador, além de outras pessoas. O contador também já foi preso,
 segundo a polícia.
O grupo é suspeito de simular e criar contas com documentos falsos
 para a liberação de créditos e financiamentos. O dinheiro também
 era desviado para empresas, conforme a polícia.
Do total de mandados, sete são de prisão temporária e outros sete 
são de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para 
prestar depoimento. Também estão sendo cumpridos cinco mandados 
de bloqueios de bens, 16 de bloqueios de contas bancárias e 19 de
 busca e apreensão.
Além do Banco do Brasil, empresários e correntistas também teriam 
sido lesados pelo esquema criminoso, conforme as investigações.
Os crimes investigados na ação são peculato, falsificação de docu-
mentos públicos e particulares, expedição de duplicatas simuladas,
 lavagem de dinheiro e associação criminosa.
As investigações começaram no ano passado, após uma queixa 
do Banco do Brasil.
Por meio de nota, o Banco do Brasil informou que "após identificar
 indícios de irregularidades, concluiu investigações da Auditoria
 Interna que resultaram na demissão por justa causa de um funcio-
nário, em junho de 2016, e na apresentação de notícia crime à
 polícia"
A instituição também afirmou que seguirá colaborando com as 
investigações policiais para que todos os fatos sejam esclarecidos.

Como funcionava o esquema

O esquema contava com a participação direta do ex-gerente 
do banco, segundo a polícia. O contador abria contas bancárias
 sem o conhecimento dos donos das empresas e com documentos
 falsos. Com estes dados, ele repassava para o gerente geral que,
 por sua vez, realizava os empréstimos financeiros e as antecipa-
ções de títulos.  Ainda segundo a Polícia Civil, o ex-gerente 
chegou a alterar o cadastro de empresários no sistema do banco, 
sem que os mesmos soubessem, para que as transferências 
bancárias fossem realizadas. Estes recursos eram transferidos, 
posteriormente, para contas de empresas envolvidas com a 
quadrilha.

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