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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

DELATOR DE ESQUEMA DE CORRUPÇÃO NA RECEITA ESTADUAL SERÁ INTERROGADO NESTA QUARTA FEIRA

O principal delator de um esquema de corrupção dentro da Receita Estadual do Paraná, o ex-auditor fiscal Luiz Antonio de Souza, será interrogado na quarta ação da Operação Publicano, do Ministério Público do Paraná, nesta segunda-feira (6), em Londrina, no norte.

Souza é o único réu que permanece preso e será o primeiro a ser interrogado nesta ação. Anteriormente, na primeira ação da Publicano, ele já foi condenado a 49 anos e um mês de prisão pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, corrupção passiva tributária, corrupção ativa e violação do sigilo funcional. Souza admitiu ter recebido propina e também detalhou o envolvimento de outros auditores e empresários. Pagamentos eram realizados com frequência para facilitar a sonegação de impostos.  A Operação Publicano foi dividida em cinco ações criminais, e os depoimentos em andamento são da quarta fase, que apurou 103 casos de corrupção. Muitos deles foram detalhados justamente pelo ex-auditor, que tinha um pendrive com dados dos pagamentos.

As primeiras testemunhas desta ação foram ouvidas em dezembro de 2016 e janeiro deste ano. A partir desta segunda-feira, a Justiça começa a ouvir os réus.G1Luiz Antônio de Souza foi encontrado em um motel com uma adolescente de 15 anos. (Foto: Reprodução/RPC)
O advogado de Luiz Antonio de Souza disse que o cliente pretende ficar em silencia porque não é mais beneficiado pelo acordo de delação premiada. A Justiça reincidiu o acordo porque o ex-auditor teria se envolvido em novo crimes mesmo estando preso. A defesa dele nega.
Quarta fase da Operação Publicano
A denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) apontou 103 casos de corrupção envolvendo empresas de diversos setores, entre 2008 e 2014. De acordo com os promotores, os auditores faziam vista grossa na fiscalização para facilitar a sonegação de impostos.
Nesta ação são 110 réus, sendo 50 auditores da Receita Estadual, sete contadores, além de advogados e empresários. Juntos, os acusados indicaram aproximadamente 500 testemunhas.

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